Política
Disputa para Presidência da Câmara Municipal está polarizada entre grupos de Adriane e do PSDB
No próximo dia 1º de janeiro a Câmara Municipal de Campo Grande escolhe o presidente da Casa para o biênio 2025-2026, mas, ao quer tudo indica, a prefeita Adriane Lopes (PP) está disposta a bancar o atual líder de seu governo no Legislativo e vereador reeleito, Beto Avelar (PP), para a presidência.
Na semana passada, a impressão na Câmara era de que a disputa tinha se arrefecido e estava se formando um consenso em torno da candidatura do vereador Papy (PSDB) para a presidência da casa.
Os números ajudam a explicar este quase consenso: Papy teria, no momento, o apoio de 23 dos 29 vereadores e, do outro lado, estão os quatro vereadores do PP e mais dois vereadores do Avante, partido umbilicalmente ligado ao entorno político de Adriane Lopes e do deputado estadual Lídio Lopes, marido dela.
A candidatura de Beto Avelar foi selada em reunião ocorrida na sede do PP, e dela participaram os seis vereadores que estão com Beto Avelar e teria sido convocada e articulada pelo marido de Adriane, Lídio Lopes, e que a prefeita teria sido clara em seu recado: o candidato dela é Beto Avelar. Um dos temas centrais do encontro foi a tentativa de viabilizar mais votos, uma vez que o outro lado está fortalecido.
Apesar da articulação do marido de Adriane, oficialmente, ela disse que seu aval foi dado para que os vereadores do PP viabilizassem suas candidaturas. “Não determinei um embate”, afirmou, via assessoria de imprensa.
Do outro lado, apoiando Papy, está nada menos que o atual presidente da Câmara, Carlão (PSB). O vereador, que no próximo dia 31 deixará a presidência da casa após quatro anos no comando, é um dos grandes atores na articulação para que Papy seja o presidente.
Na formação sendo articulada, Carlão, atual Presidente da Casa, será o primeiro secretário. Políticos fortes no Estado, que não exercem mandato de vereador, mas que têm uma grande influência no cenário político de Mato Grosso do Sul, como o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente do diretório regional do PSDB, e seu correligionário, o governador Eduardo Riedel, também estão com Papy.
No grupo de Papy há uma grande diversidade de partidos e uma convergência difícil de ver em tempos de polarização. Além dos cinco vereadores de seu partido, o PSDB — maior bancada da Câmara — também estão presentes os três vereadores do PL e os três vereadores do PT, por exemplo. O ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT), que lançou Adriane Lopes na política ao colocá-la como sua vice-prefeita nas duas vezes em que administrou Campo Grande, também está no grupo de Papy, que ainda teria os vereadores do União Brasil, Republicanos, MDB e Podemos.
***Com informações do Correio do Estado