Política
Paulo Corrêa registra avanço das obras da ponte da Bioceânica e do trecho de 13km que vai dar acesso a Porto Murtinho

O deputado Paulo Corrêa sobrevoou, neste sábado (05), a área onde está sendo construída a ponte internacional, que vai ligar Porto Murtinho no Mato Grosso Sul a Carmelo Peralta (Paraguai), pela rota Bioceânica, e constatou o avanço das obras.
“No lado brasileiro falta somente quatro metros para alcançar os 130 metros, a alça da ponte no lado paraguaio já foi licitada para pavimentar os cinco km até ao asfalto bioceânico, a alça no lado brasileiro esta a todo vapor”, celebrou o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa.
O acesso a ponte no lado brasileiro de 13,1 km, prossegue com instalação dos pilares que vai formar o viaduto. “Em boa parte no lado mais baixo o viaduto está bastante adiantado. Outra novidade é que já foram iniciados os trabalhos de terraplanagem do início da br-267, relatou Corrêa.
O deputado disse que foi possível registrar o intenso movimento de máquinas e trabalhadores em todo o trecho da obra. “O investimento público está gerando alento na economia local com centenas de pessoas empregados na obra”, constatou.
Na avaliação do parlamentar, estas obras vão transformar toda a região de Porto Murtinho em um corredor de oportunidades – “mesmo porque envolve quatro países, Brasil, Paraguay, Argentina e Chile. “É possível ver que várias empresas privadas já estão se instalando pela rota, principalmente no lado paraguaio, atraídas pela simplicidade do sistema tributário daquele país.
“Estamos diante de um marco histórico para a integração da América do Sul. Este corredor trará uma nova dinâmica para o nosso Estado e para todo o Brasil, impulsionando o turismo, a indústria e o agronegócio. Mato Grosso do Sul já desponta como referência nesse processo e, com a Rota Bioceânica, nosso potencial será ampliado”, destacou Paulo Corrêa.
A ponte
A ponte, que está sendo construída pela administração paraguaia da Itaipu Binacional, terá 1.294 metros de extensão, incluindo uma seção estaiada de 632 metros sobre o rio Paraguai, com vão central de 350 metros. Os pilares principais terão 130 metros de altura.
As estruturas de concreto armado dos viadutos de acesso já foram finalizadas, assim como a rampa de acesso no lado paraguaio. A próxima etapa envolve a montagem das aduelas, componentes que formarão o tabuleiro da ponte, utilizando carros de avanço fornecidos por empresas de São Paulo. Esse método permite a construção segura e eficiente em altura, garantindo precisão e estabilidade ao projeto. O custo total da ponte é de R$ 575,5 milhões.
A Rota Bioceânica
A Rota de Integração Latino-Americana (RILA), ou Rota Bioceânica, que começa em Mato Grosso do Sul, passando por Porto Murtinho, em direção ao Paraguai, Argentina e Chile, será um caminho mais curto ao Oceano Pacífico para acesso aos mercados asiáticos – chegando a países como China, Índia, Japão, entre outros.
Com a nova rota, a previsão é de ganhos expressivos na exportação, importação, competitividade dos produtos regionais, e promoção de intercâmbio entre o Brasil e a Ásia, além do Mercosul e do Chile.
O município de Porto Murtinho recebeu R$ 40,6 milhões em obras nos últimos anos. Também foram garantidos incentivos pelo Governo do Estado para reativar a hidrovia do Rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.
O acesso à Ponte Bioceânica, por meio da rodovia BR-267, está sendo viabilizado com a pavimentação de 13 km, além da construção de um centro aduaneiro, trabalho de terraplanagem e acesso elevado à ponte. O investimento total neste trecho é de R$ 472,4 milhões por parte da União e contou com articulação estratégica e decisiva da senadora Simone Tebet (MDB).
Também está sendo feita a restauração de 101 km da rodovia BR-267, que liga o distrito de Alto Caracol a Porto Murtinho.
Impacto estratégico da Rota Bioceânica
Quando concluída, a Rota Bioceânica representará um marco para a logística internacional, conectando o Atlântico ao Pacífico e fortalecendo a integração entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
Segundo a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a rota poderá reduzir em até 9,7 mil quilômetros o trajeto marítimo de exportações brasileiras para a Ásia, com ganho de 23% no tempo de transporte, equivalente a cerca de 12 dias.
***FOTOS: Toninho Ruiz