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11 de Outubro de 2025

Cidades

Incêndio na Serra do Amolar desafia Brigadas e se alastra pela Morraria

A região da Serra do Amolar, no Pantanal, uma área de alta prioridade para a conservação da biodiversidade, está com incêndio florestal desde o dia 28 de setembro. A Brigada Uberaba Guató, que foi formada durante os incêndios de 2024, vem dando suporte e atuando no combate direto do fogo desde o início da ocorrência para somar esforços com a Brigada Alto Pantanal, mantida pelo IHP. Esse trabalho conjunto é realizado por conta da brigada indígena também estar integrada ao Prevfogo/Ibama.

O combate às chamas tem se mostrado com inúmeros desafios por conta do fogo ter iniciado no topo de uma morraria, a quase 900 metros de altura. A atuação de todos os brigadistas tem sido focada para tentar reduzir as chamas, trabalhar em apoio a comunidade e na ação conjunta com aeronaves na linha de frente. Além do perigo do fogo, a fumaça segue atingindo diferentes áreas do Pantanal desde o começo de outubro.

As adversidades climáticas, contudo, seguem criando grandes barreiras. As rajadas de vento entre a semana passada e esta chegaram a mais de 40 km/h em alguns dias, bem como a temperatura ultrapassou os 35º C, com sensação térmica rompendo os 40º C. Um outro elemento preocupante é que praticamente nenhuma chuva foi registrada na região da Serra do Amolar, apenas em pontos isolados e que não contribuíram para reduzir a força do fogo.

Nas primeiras detecções de satélite do incêndio, a área de influência dos focos de calor chegaram a sinalizar em torno de 900 hectares atingidos por essa ocorrência. Mais de 10 dias depois da ignição, as informações do Painel do Fogo indicam que a área de influência dos focos de calor já passaram para 20,5 mil hectares, com mais de 70 focos e índice de propagação de 187 hectares/h.

“Temos um ano como brigadistas voluntários e agora estamos contratados via Prevfogo. Na Aldeia Uberaba, estamos com um esquadrão para fazer uma atividade de prevenção e, se necessário, fazer um combate para assegurar a comunidade. Tem um outro esquadrão na Serra do Amolar fazendo o combate. É um serviço muito importante, pois o fogo vem cada vez aproximando-se do nosso território, mas não queimou. Estamos preparados para atuar, se for preciso, e temos que somar com demais equipes para defender o nosso Pantanal. Somos guardiões do Pantanal, queremos fazer um trabalho muito bem feito”, explica o Chefe da Brigada Uberaba TI Guató, Matheus Gediel AssunçãoAlém Ferreira, que é também vice-cacique.

Edu Clicks/Divulgação/IHP

No total, são 30 brigadistas atuando em conjunto para combater várias frentes de fogo (13 do IHP, outros 7 da Brigada Uberaba – Prevfogo – e 10 do Prevfogo de Corumbá). Além disso, um helicóptero do Prevfogo/Ibama está dando apoio diário, e duas aeronaves da Defesa Civil Estadual também auxiliam na dispersão de água. Ainda não há previsão do fim dos trabalhos.

Sobre a formação da Brigada Uberaba TI Guató

Em área prioritária de conservação e proteção no Pantanal, o Território Indígena Guató em Mato Grosso do Sul, onde está a Aldeia Uberaba, passou a ter uma brigada exclusiva desde setembro de 2024. Ela é formada por 24 mulheres e homens da aldeia. O trabalho de formação e aparelhamento envolveu uma força-tarefa conjunta do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Aldeia Uberaba, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) – Coordenação Regional da FUNAI de Campo Grande, Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da ADM  – líder em comercialização de grãos, insumos, nutrição humana e animal – por meio do programa ADM Cares.

O TI Guató fica localizado no extremo norte de Mato Grosso do Sul, após a Serra do Amolar, em região de fronteira com a Bolívia e divisa com o estado de Mato Grosso. Por se tratar de uma área isolada, a capacitação dos moradores da comunidade indígena representa em um reforço para ações de conservação e proteção dos moradores locais, com impacto direto em mais de 100 famílias. Para chegar nesse local, a viagem de barco pode demorar mais de 8 horas rio Paraguai acima, a partir de Corumbá (MS). Outro meio é somente por via área.

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