Artur Jorge resume 2024 do Botafogo: “Extraordinário”

— Foi mais ainda claramente. Não posso dizer que quando cheguei vinha com a convicção de ganhar o Brasileirão e a Libertadores, viríamos para lutar por tudo e pela Copa (do Brasil). Para lutar. Mas é muito bom o que estou vivendo. É um ano extraordinário. Já disse aos meus jogadores: não há história sem coragem. Fomos uma equipe de grande coragem.

— Nessa altura, o que eu posso dizer é que estou muito feliz no Botafogo. A partir daqui podemos pensar no que quer que seja, só quero desfrutar. Aquilo que hoje é minha realidade é o Botafogo. É um Botafogo campeão. Botafogo campeão do Brasil e das Américas.

Ao lado da esposa Maria, no Troca de Passes, Artur Jorge comentou as possibilidades de permanência no Botafogo ano que vem. O jornalista André Rizek questionou se Maria está animada para ficar no Brasil ano que vem, e ela respondeu:

— Se o Artur tiver animado, eu estou animada também. somos muito bem tratados. Está tudo certo — disse Maria.

— Nós falamos muito disso. Quando viemos, tínhamos que fazer valer a pena. Deixamos muito para trás. Tínhamos que ter a oportunidade de valer a pena, ganhar títulos. Nesta altura, para nós, nesta carga de emoções, é muito mais importante do que qualquer título é a saudade que temos dos nossos filhos e netos e poder abraçá-los — disse Artur Jorge.

O Botafogo terminou o Brasileirão com 79 pontos, seis a mais do que o vice-campeão Palmeiras. O time somou 59 gols marcados, o terceiro melhor ataque da competição, e sofreu 29 gols, sendo a melhor defesa. A torcida celebrou o treinador.

– (Os gritos) Comovem por saber que sou muito querido desde o meu primeiro dia. Fico muito contente, contribuo com o trabalho, felizmente com títulos também. estou muito grato ao que os torcedores fizeram nesses oito, nove meses que estou aqui. A decisão (de ficar), vamos com tempo para poder falar. Estou muito feliz no Botafogo, gosto muito de estar aqui. Este era um objetivo que tinha, vir, vencer e esperar o que o futuro terá para mim – comentou Artur.

Veja outras respostas de Artur Jorge

Time com quatro atacantes desde o início da trajetória
— É verdade que pegamos algumas pessoas desprevenidas. Não perceberam bem o que poderia vir para nós. Nós chegamos em um momento de fragilidade, mas conseguimos fazer a diferença. Fizemos um trabalho imenso, mais fora de campo do que dentro de campo. Hoje, os jogadores falam que eu não duvidei do caminho, e os jogadores sentiram essa confiança. Tivemos muita consistência neste trajeto. Convencemos os jogadores. Por termos quatro jogadores na frente, buscamos equilíbrio, coesão em todas as partes do jogo. Foi um processo. Com a nossa consistência e coragem, com nosso entendimento, tudo foi fundamental para a história dessa campanha.

O que tem de destacar de ruim e de bom do Brasileirão?
— Há dois aspectos que quero ressaltar. O Campeonato Brasileiro é muito melhor. Nós temos um campeonato que qualquer um dos jogos tem muita importância. Há nove times que podem ser campeões. Eu gosto de jogar, gosto de competir. O segundo aspecto é a paixão. Vivenciei a minha torcida, o Nilton Santos, os adeptos dos torcedores do Brasil inteiro. Vi adversários com torcidas muito apaixonadas.

— Melhorar a parte de logística, a administrativa. Podemos fazer melhor, podemos fazer mais. O jogo tem que ter uma importância maior. Temos que ter elementos que contribuam para o espetáculo. Quem viveu o futebol merece um jogo dinâmico. Quanto mais espetacular for dentro de campo, melhor.

Sequência
— Não falamos dos nossos adversários, não falamos nada sobre os outros. Perdemos o primeiro jogo do campeonato. A partir do momento que empatamos com o Vitória, eu falei: “Um ponto é um ponto, tá bom”. Eu sabia que o jogo do Palmeiras era um jogo chave. Nós nunca duvidamos. Poderíamos não ter vencido, mas deu tudo certo. Tínhamos quatro finais. Vencemos o Palmeiras, o Atlético-MG, o Internacional e o São Paulo hoje. Não falamos dos nossos adversários, não falamos nada sobre os outros. Perdemos o primeiro jogo do campeonato. A partir do momento que empatamos com o Vitória, eu falei: “Um ponto é um ponto, tá bom”. Eu sabia que o jogo do Palmeiras era um jogo chave. Nós nunca duvidamos. Poderíamos não ter vencido, mas deu tudo certo. Tínhamos quatro finais. Vencemos o Palmeiras, o Atlético-MG, o Internacional e o São Paulo hoje.

Trabalho do grupo e sequência de Artur Jorge
— O desgaste é muito grande. Vinha de oito meses no Braga de trabalho, seguimos no Botafogo esta temporada. É importante ressaltar que isso não se faz de um homem só, se faz de todo conjunto. Para mim, aquilo que dou mais destaque é a qualidade humana de todos eles. Tenho jogadores que não jogaram tanto, outros que podem ter se sentido injustiçados. Sempre foi em prol do Botafogo, tudo. O futebol hoje é de muitos egos. Tem muitos que preferem jogar do que ganhar. Aqui não. Sempre o que interessou foi a vitória da equipe.