Connect with us
15 de Junho de 2025

agronegócio

Tarifaço de Trump mira o etanol brasileiro: MS está entre os quatro maiores produtores do país

Depois de taxar o aço e o alumínio do Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora mira no etanol brasileiro.

Nesta quinta (13/2), a Casa Branca anunciou o que tem chamado de “tarifas recíprocas” e, para justificar a medida, distribuiu uma lista de países e produtos que estariam em condição “injusta” de comércio em relação aos americanos.

O primeiro item da lista é o etanol brasileiro.

As tarifas não entrarão em vigor imediatamente. Devem demorar alguns meses para serem aplicadas. Os primeiros estudos sobre elas devem ser apresentados a Trump em 1º de abril. O decreto trata-se de um memorando. Nele, Trump exige que sua equipe revise e estabeleça novos níveis de tarifas para equilibrar as relações comerciais com outros países.

“A tarifa dos EUA em etanol é de meros 2,5%. Já o Brasil cobra dos EUA tarifas de exportação de 18%. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões ao Brasil”, diz o documento, que também cita produtos agrícolas da Índia e veículos e mariscos da União Europeia.

Em 2024, o Brasil exportou 313.341 metros cúbicos de etanol para os Estados Unidos, totalizando US$ 181,8 milhões em vendas. No mesmo período, o país importou 110.689 metros cúbicos do combustível produzido nos EUA, em um volume financeiro de US$ 50,5 milhões. O saldo da balança comercial do etanol é amplamente favorável ao Brasil.

Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu o etanol brasileiro e disse acreditar que a resolução da questão comercial será com base no diálogo e entendimento entre os países. “No caso do etanol, primeiro é importante destacar que o etanol do Brasil, ele é de cana-de-açúcar. Ele descarboniza mais, ele tem um terço a menos de pegada de carbono”, disse.

O vice-presidente disse que um dos caminhos de solução poderá ser a adoção de cotas para os produtos brasileiros, assim como ocorreu com o aço, em 2018, quando os EUA também levantaram barreiras comerciais contra o produto.

“No caso do aço, lá atrás, se caminhou para a cota, chamada hard cota, porque acima de um limite não pode entrar. Esse pode ser um dos caminhos, vamos aprofundar todos esses temas”.

“O comércio exterior é um caminho de diálogo, um caminho de entendimento, um caminho de ganha ganha, de buscar alternativas. É isso que vai ser feito”, acrescentou.

Os dez principais produtos brasileiros exportados para os EUA são, segundo o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços são: óleos brutos (sem taxação), produtos semimanufaturados de ferro ou aço (taxa de 7,2%), café não torrado (9%), pastas químicas de madeira (3,6%), ferro fundido (3,6%), aviões (sem taxa), gasolinas (sem taxa), aviões a turbojato (sem taxa), carnes desossadas (10,8%), ligas de aço (7,2%).

Já os dez principais produtos dos EUA importados pelo Brasil são parte de turborreatores (sem taxa), turborreatores de empuxo (sem taxa), gás natural liquefeito (sem taxa), óleos brutos de petróleo (sem taxa), óleo diesel (sem taxa), naftas (sem taxa), hulha betuminosa (sem taxa), copolímeros de etileno (20% de taxa), óleos lubrificantes (sem taxa), polietilenos (20%).

Mato Grosso do Sul

 Segundo a Carta de Conjuntura Agropecuária de dezembro/2024,  elaborada pela Assessoria de Economia da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a terceira principal cultura agrícola de Mato Grosso do Sul, a cana-de-açúcar, apresentou crescimento de área e estimativa de produção.

Na safra 2023/2024 foram plantados 629,9 mil hectares da cultura no Estado e a produção chegou a 50.771 mil toneladas de cana.

Para a safra atual, a área soma 675,1 mil hectares e a estimativa de produção é de 51.880 toneladas de cana. As usinas dividem esse volume colhido na produção de etanol e de açúcar, enquanto o bagaço é utilizado na geração de energia.

Conforme dados da Biosul ( Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul ) na safra 2023/2024,  foram produzidos 3,8 bilhões de litros de etanol e Mato Grosso do Sul está entre os 4 maiores produtores, proveniente da cana-de-açúcar e do milho, no território nacional.

Segundo dados da NovaCana ( um dos principais veículos de comunicação do setor sucroenergético do país), Mato Grosso do Sul possui atualmente 25 Usinas de Açúcar e Etanol que exportaram em 2024, enquanto a Biosul contabiliza 23 associadas.

Confira aqui: https://www.novacana.com/usinas_brasil

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Tudo que é notícia no Mato Grosso do Sul aparece aqui. Ficou mais fácil e rápido ter acesso aos fatos que importam para o seu bolso, a política, a economia, o meio-ambiente, o setor produtivo e tudo o mais que acontece nos 79 municípios.

Contato
conectems.ms@gmail.com
67 99272 9790

Web site criado e mantido pela UCR Comunicação Ltda
Matriz Brasília/DF: SQNW 108, Bloco G, Noroeste, (61) 3257 5794
Filial Campo Grande: Av. Afonso Pena, 5723 - Sala 1504, Bairro Royal Park, Edifício Evolution Business Center
Todos os direitos reservados