Pré-campanha na Capital começa a dar sinais de descaso com o eleitorado

A pretexto de estar sendo atacada nas redes sociais, a pré-candidata a prefeita de Campo Grande, Rose Modesto (União Brasil), divulgou ontem (17) um vídeo colocando-se na posição de vítima de mentiras de “gente maldosa e sem caráter.”

Poderia ter sido uma quarta-feira até razoável para a candidata que recebeu o apoio do PDT de Mato Grosso do Sul, cujo Diretório em Campo Grande ainda está em fase de estruturação e contabiliza no seu portfólio 1 deputado estadual e 3 prefeitos.

No entanto, parece que a candidata aproveitou o momento , não só para abrir a temporada de queixumes e lamúrias nas eleições municipais, mas também conclamar o eleitorado contra “…um pessoal que atropela até a mãe se for preciso…”, entre outras tantas fundamentações no mesmo nível, sem citar nomes, nem apresentar qualquer conteúdo para se justificar.

Defender-se com antecedência e, sem razão, é sempre mal sinal. Mas, a bem da verdade, o que Rose produziu foi um episódio lamentável sobre tudo quanto não é recomendável a nenhum postulante ao cargo máximo do município de Campo Grande e de nenhum outro.

Com o seu vídeo, ela rebaixa a níveis subterrâneos sua retórica e, pior, incita o eleitorado, não para trocar mentiras por verdades como chega a propor, mas para conduzí-lo a um ambiente imaginário e sobre o qual ela mesma julga ter total controle.

Não fosse essa uma ferramenta antiga e ultrapassada de marketing eleitoral, a candidata acaba por parecer alinhada a uma estratégia inadequada para uma campanha que precisa e deve ser de alto nível, na superfície e não no subterrâneo.

O prematuro debate focado na vitimização e, todo o discurso criado em torno, é impróprio para sustentar uma campanha eleitoral digna da atenção e do engajamento dos homens e mulheres que habitam a Capital.

A candidata Rose Modesto poderia ter aproveitado a quarta-feira para, de verdade, aprofundar-se no apoio do PDT à sua campanha.