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Confusão e até bombas marcam empate do Santos com CRB na Vila

O empate do Santos com o CRB por 1 a 1, na noite desta quinta-feira (1º), transformou a Vila Belmiro em um palco de caos e tensão. O resultado pela terceira fase da Copa do Brasil provocou revolta em parte da torcida, que protestou nas arquibancadas e entrou em confronto com a Polícia Militar nos arredores do estádio.
O Santos empatou com o CRB por 1 a 1, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
O início da partida foi bastante equilibrado. Na estreia do técnico Cleber Xavier, o Santos tentou assumir o controle, mas o CRB respondeu sem se intimidar e criou a primeira grande chance com Thiaguinho. Rollheiser se destacou na armação pelo meio, participando de quase todas as jogadas ofensivas do Peixe e distribuindo bem pelas pontas. Após os 15 minutos iniciais, o Santos passou a comandar mais o jogo, embora o CRB ainda levasse algum perigo em lances pontuais.
O equilíbrio foi constante até que, nos instantes finais da primeira etapa, o Peixe abriu o placar em uma bola parada: depois de duas grandes defesas de Matheus Albino, Rollheiser aproveitou o rebote do escanteio e balançou a rede, colocando o Santos em vantagem.
No segundo tempo, o CRB dominou a partida. Brazão teve que fazer uma série de milagres.
Mesmo assim, o Peixe cometeu um grande erro na saída de bola. Aderlan e Gil ficaram na indecisão de quem ia na bola, o zagueiro afastou mal, Higor Meritão interceptou, trabalhou com Breno Herculano e o camisa 9 acertou um belo chute para empatar o placar.
O Santos ainda se livrou da derrota. Gil errou o tempo da bola, chutou o adversário e o árbitro marcou o pênalti para o CRB. David da Hora chutou e Brazão foi o responsável por evitar o gol, com uma bela defesa.
No último lance, Escobar foi expulso por impedir um contra-ataque promissor do time alagoano.
Confusão
A situação se agravou quando parte da torcida do Santos tentou forçar a passagem para o setor das cadeiras cativas, quebrando uma das portas de vidro do estádio. Logo depois, houve tentativa de invasão à sala de imprensa, que também dá acesso aos vestiários.
Do lado de fora, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. A ação afetou torcedores e profissionais da imprensa dentro do estádio que relataram dificuldade para respirar e buscaram abrigo para evitar os efeitos do gás.