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18 de Junho de 2025

Cultura/Turismo

“Música Erudita nas Escolas e Universidades” leva arte e emoção ao interior de MS

Em concertos gratuitos, o grupo Opus Vivare desmistifica a música clássica e cria pontes entre séculos de história e o público de Jardim e Aquidauana

O que Bach tem a dizer para crianças de escolas públicas? Como Vivaldi pode ecoar nas ruas de terra do interior? Essas são algumas das perguntas que o projeto “Música Erudita nas Escolas e Universidades” responde – não com palavras, mas com a força transformadora da arte.Desde esta terça-feira (17) até o dia 20 de junho, o trio Opus Vivare – formado pelo violonista Evandro Dotto, a soprano Bianca Danzi e o violinista Gabriel Almeida – levará um repertório que vai do Renascimento ao século XXI para o Centro Cultural da UFMS em Aquidauana (17) e para a Vila Angélica em Jardim (20), sempre às 19h30, com entrada gratuita.

Idealizado por Evandro Dotto, músico que cresceu em projetos sociais, o projeto nasceu de uma inquietação: “A música erudita muitas vezes fica restrita a teatros de grandes capitais, como se fosse um tesouro trancado. Nossa missão é tirá-la dessas salas e devolvê-la às pessoas”, explica. Com um repertório que inclui desde canções do Barroco até composições regionais sul-mato-grossenses, o grupo faz mais que um concerto: cria uma viagem sensível pela história.

“Quando toco uma peça que retrata a construção da Avenida Afonso Pena em Campo Grande no século XX, vejo os olhos do público se iluminarem. É música erudita viva, feita por compositores da nossa terra”, emociona-se Evandro. Para ele, o impacto vai além da plateia: “Já vi crianças pegarem violões de papelão depois das apresentações, imitando nossos gestos. Quem sabe não estão plantando ali um futuro músico?”.

Já para a soprano Bianca Danzi, cada apresentação em escolas ou comunidades é uma lição de humildade e encantamento. “Cantar ‘Mi chiamano Mimì’ (de La Bohème) em um pátio de escola, com crianças que nunca ouviram ópera, é mágico. Elas acham que é ‘música de filme’ – e aí contamos que, na verdade, os filmes é que usam nossa música”, brinca

A artista destaca a importância de cantar em português. “Quando interpretamos obras brasileiras ou contemporâneas, a conexão é imediata. Uma vez, um menino me disse: ‘Nossa, dá pra entender tudo!’. Ele não sabia que música erudita também tem letra – só que normalmente em outros idiomas”.

O concerto foi pensado como um mapa do tempo:  Renascimento e Barroco: Obras de Bach e Vivaldi mostram a precisão matemática da música; Romantismo: Árias líricas de Puccini revelam a explosão de emoções do século XIX.  Moderno e Regional: Composições locais provam que a música erudita não parou no tempo.

projeto "Música Erudita nas Escolas e Universidades"3

“Não queremos ‘ensinar’, mas sim provocar a curiosidade. Quando uma criança pergunta: ‘Como o violino faz aquele som?’, ela já começou sua jornada”, reflete Bianca.

Este projeto conta com recursos da Lei Paulo Gustavo, do MinC (Ministério da Cultura), por meio de edital do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).

Serviço:

Concertos do Projeto “Música Erudita nas Escolas”

Aquidauana: 17/06, 19h30 – Centro Cultural da UFMS (Campus Aquidauana)

Jardim: 20/06, 19h30 – Rua Ceará, 351, Vila Angélica

Entrada gratuita

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