Cultura/Turismo
Artista plástico Jonir Figueiredo deixa um legado de exaltação ao Pantanal

Com uma salva de palmas, o público presente ao Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito (Cinesur) se despediu do artista plástico Jonir Figueiredo, morto neste sábado (26), em Bonito (MS). Na sexta-feira à noite (25), o artista havia participado da cerimônia de abertura do Cinesur, realizado no Centro de Convenções de Bonito. Jonir morreu logo depois na madrugada de sábado (26), aos 73 anos.
“É com pesar que o 3º Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito recebe a notícia do falecimento do artista plástico Jonir Figueiredo, que nos deixou neste sábado, 26 de julho, após ter prestigiado a noite de abertura do nosso festival. Sua presença foi motivo de honra e reafirmou seu compromisso com a arte e a cultura. Figura essencial nas artes visuais, Jonir deixa um legado de beleza, sensibilidade e inspiração. Nos solidarizamos com seus familiares, amigos e admiradores”, diz a nota que foi lida neste sábado durante a realização do festival.
“Nós, artistas e produtores culturais, temos que seguir adiante, homenageando Jonir fazendo aquilo que ele mais gostava e pelo que jamais deixou de lutar: arte e cultura. Vamos com o nosso Bonito CineSur, honrando a memória de Jonir Figueiredo. Viva a arte e a cultura, viva Jonir!”, completa a nota.
Natural de Corumbá e formado em Educação Artística pela Faculdade Unidas de Marília (SP), Jonir era conhecido por suas obras com foco no Pantanal e nas belezas do Mato Grosso do Sul. Desenhista, gravador, performer, pintor e produtor cultural, Jonir Figueiredo iniciou sua carreira nos anos 1970. Inspirou a criação do Movimento Cultural Guaicuru, coletivo que buscava valorizar a identidade cultural do estado por meio da inspiração no povo indígena Guaicuru.
Em nota, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul lamentou a morte do artista.
“Jonir Figueiredo, foi um artista ímpar, um personagem da história do nosso estado que andava por aí, entre nós, à procura de novas ideias, matéria-prima para produzir sua arte e oportunidades para divulgá-la”, diz a nota.
“Em sua obra, explorava diversas técnicas, sempre nos lembrando do Pantanal que ele amava”, finalizou.
Familiares e amigos do artista se reuniram no final da manhã deste domingo (27), para dizer um último adeus e prestar suas últimas homenagens ao artista. O velório ocorre até o início da tarde, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande.