Política
Riedel entra para o PP no mesmo dia em que o partido formaliza a superfederação com o União Brasil na Capital Federal

O PP de Tereza Cristina e Ciro Nogueira recebe nesta terça-feira (19) o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, que comunicou sua saída ao presidente do PSDB, Marconi Perillo, durante encontro na manhã desta segunda-feira (18), em Campo Grande. Assim, o PSDB perde seu último chefe de Executivo estadual, encerrando um ciclo de mais de duas décadas com presença nos governos dos estados.
Antes de Riedel, a pernambucana Raquel Lyra e o gaúcho Eduardo Leite haviam deixado o PSDB, mas ambos escolheram migrar para o PSD.
Na decisão de Riedel, pesou não só a proximidade política com a senadora Tereza Cristina, mas a estrutura do PP no Estado, capaz de dar suporte à sua campanha para reeleição no próximo ano.
Federação
Também nesta terça-feira em Brasília, 0 PP e União Brasil formalizam a criação de uma federação partidária que já nasce com uma decisão estratégica: manter ministros no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mesmo após o anúncio de desembarque da base e eleger o maior número de Governadores, Senadores, Deputados Estaduais e Federais em 2026.
Pela manhã, o União Brasil e o Progressistas realizarão suas últimas convenções antes da formalização da federação partidária, em Brasília. À tarde, com as duas legendas reunidas no Centro de Convenções de Brasília, será realizada a primeira convenção oficial da Federação União Progressista (UPb). Riedel deve assinar sua ficha de filiação na convenção do PP pela manhã.
A “superfederação”, como vem sendo chamada, terá a maior bancada da Câmara, com 109 deputados e 14 senadores, liderando o número de parlamentares junto com PL e PSD. No caso da Câmara, a federação União-PP terá a maior bancada, superando o PL, de Jair Bolsonaro, que tem 92 deputados.
Já no Senado o grupo empata com o PSD e com o PL pelo posto de maior bancada. Juntos, os partidos teriam ainda um fundo partidário quase bilionário, de R$ 954 milhões.
Com a filiação de Riedel, a “superfederação” agora passa a contar com sete governadores e 1.343 prefeitos, a maior quantidade entre as legendas.
Reinaldo também está fora do PSDB
Além da saída de Riedel, o PSDB de Mato Grosso do Sul perde também o ex-governador Reinaldo Azambuja, que deverá se filiar ao PL. “Depois de um amplo entendimento, a gente acertou que o governador Riedel vai se filiar a um partido, o governador Azambuja vai se filiar a outro partido”, disse o dirigente.
No Mato Grosso do Sul, o PP conta atualmente com 17 prefeitos, incluindo Adriane Lopes, em Campos Grande Já o PSDB segue como a maior força municipal, com 44 das 79 prefeituras do estado. Segundo Perillo, houve consenso entre as lideranças de que, apesar da mudança de rumo das duas principais lideranças, o PSDB continuará com protagonismo em Mato Grosso do Sul, agora sob responsabilidade dos parlamentares federais: Dagoberto Nogueira, Geraldo Resende e Beto Pereira.