Trecos e Tarecos é o nome do negócio que empresária Eliane Alves criou no pequeno município de Figueirão, em Mato Grosso do Sul. A empreendedora, que já foi doméstica, babá e atuou em uma loja desde o serviço de limpeza até tornar-se gerente, sempre cuidou e alimentou o sonho de ser dona do próprio destino. Para isso, ela guardava parte do salário para conquistar seu objetivo. “Sobrevivia com cerca de 40% do salário e o restante eu guardava. Vivi sempre no limite. Não gastava com nada caro”, lembra.
Em 2019, já com a Trecos e Tarecos, ela começou a participar do Programa Cidade Empreendedora, do Sebrae, que foi um divisor de águas para o pequeno negócio. “Fiz a calçada em frente à loja, mudei o tipo de prateleiras, coloquei vitrine de vidro. Comecei a participar de todos os cursos que o Sebrae trazia para o município. Dentro desse contexto, eu participava de reuniões de eixos de atuação e fui desenvolvendo a liderança, inclusive, dentro da comunidade”, comenta.
“Quando um pequeno negócio muda a forma de pensar, ele não transforma só a própria história, mas influencia toda a comunidade. O empreendedor que abre a mente, busca conhecimento e acredita no seu potencial, acaba gerando emprego, renda e novas oportunidades. Isso cria um senso de pertencimento e faz a cidade crescer de forma mais justa e sustentável. A mudança de mentalidade do pequeno empresário é o primeiro passo para mudar a realidade de uma comunidade”, afirma a empreendedora.
Liderança Adaptativa é um dos temas trabalhados no Programa Líder. Foto: Divulgação.A empresária também participou do Programa Líder, do Sebrae, que ajudou a potencializar sua atuação. Eliane ajudou a tirar do papel a Associação Comercial de Figueirão e assumiu sua presidência, participou de conselhos municipais e contribuiu para impulsionar o núcleo de mulheres empreendedoras.
– “O Sebrae transformou a minha realidade. Comecei a olhar diferente para a comunidade e para a minha empresa, nos envolvemos nas questões sociais e acreditamos no desenvolvimento do município”, destaca Eliane Alves.
“O maior ganho é perceber que minha empresa não cresce sozinha, ela cresce junto com a minha cidade e convida outras pessoas para sonharem um sonho que um dia parecia inalcançável, além de provocar uma responsabilidade para com as gerações futuras”, define Eliane.
