agronegócio
MS avança na implantação da plataforma Selo Verde e fortalece rastreabilidade socioambiental do agro
Mato Grosso do Sul deu mais um passo importante rumo à ampliação da sustentabilidade e da rastreabilidade de sua produção agropecuária. O secretário Jaime Verruck, da Semadesc; o secretário adjunto, Artur Falcette e o diretor-presidente do Imasul, André Borges, participaram na manhã de sexta-feira (24) de reunião online com integrantes do programa AL-INVEST Verde, do Centro de Inteligência Territorial (CIT) da UFMG e do Governo de Minas Gerais, para assinatura de termo de cooperação para implantação da plataforma Selo Verde no Estado.
O objetivo é preparar o agronegócio sul-mato-grossense para o atendimento às exigências de marcos regulatórios internacionais, como o Regulamento Europeu para Produtos Livres de Desmatamento. “Estamos à beira do início da implementação do EUDR e a demanda por rastreabilidade ambiental das nossas propriedades é uma das prioridades de curto prazo da nossa gestão.
Algumas cadeias produtivas sul-mato-grossenses têm na União Europeia seu principal destino de exportações e precisamos garantir o fluxo ininterrupto desse comércio. A plataforma, que conta com recurso externo para sua viabilização, é uma das ferramentas que se soma ao pacote de tecnologias que o estado tem para demonstrar a rastreabilidade ambiental e a sustentabilidade de suas cadeias”, comentou o secretário adjunto Artur Falcette.

O secretário Jaime Verruck lembra que o regulamento europeu exige que não haja desmatamento após 31 de dezembro de 2020; que cada área produtiva tenha coordenadas precisas e que as leis locais sejam rigorosamente cumpridas. “Para nos adequarmos a isso, não vamos apenas ajustar processos. Vamos elevar o padrão de quem produz no Estado. A plataforma Selo Verde será o instrumento que permitirá ao produtor sul-mato-grossense demonstrar com dados, mapas, tecnologia e governança que sua produção é responsável, rastreável e competitiva”, comentou.
De acordo com o titular da Semadesc “isso significa manter mercados abertos, negociar internacionalmente em pé de igualdade e conquistar nichos de valor que exigem mais do que volume, exigem integridade ambiental e transparência. Estamos falando de um próximo nível para o agronegócio, que alia produtividade, conservação e inserção global”, finalizou.
A ferramenta Selo Verde, desenvolvida pelo CIT/UFMG com apoio do AL-INVEST Verde, reúne e analisa dados geoespaciais e ambientais que permitem avaliar o cumprimento de requisitos socioambientais exigidos pelo mercado internacional, sobretudo o europeu. O sistema já está em operação em Minas Gerais, onde integra informações de mais de 1 milhão de propriedades rurais, e tem se mostrado uma referência em transparência e governança ambiental aplicada à agropecuária.
Com a adesão de Mato Grosso do Sul, a expectativa é desenvolver um modelo digital próprio de análise de conformidade socioambiental das propriedades rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A plataforma permitirá avaliar a sustentabilidade das cadeias produtivas de soja, milho e pecuária, consolidando dados sobre uso do solo, cobertura vegetal e regularidade ambiental das áreas produtivas.
O projeto faz parte das ações do AL-INVEST Verde, programa financiado pela União Europeia que apoia o crescimento sustentável e a geração de empregos na América Latina. A iniciativa incentiva a transição para uma economia de baixo carbono, baseada em inovação, digitalização e eficiência no uso de recursos, estimulando modelos produtivos mais transparentes e alinhados às exigências dos mercados internacionais.

