agronegócio
Exportações brasileiras de grãos somam 153,1 milhões de toneladas até outubro, aponta ANEC
 
																								
												
												
											As exportações brasileiras de soja, farelo de soja, milho e trigo totalizaram 153,18 milhões de toneladas até a semana 43 de 2025, conforme dados divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), em parceria com a Cargonave. O volume é apenas 4,6% menor que o total registrado no mesmo período do ano passado, quando o país embarcou 160,55 milhões de toneladas.
Segundo o relatório, os números podem sofrer ajustes, uma vez que são revisados mensalmente.
A soja em grão segue como principal produto da pauta exportadora, somando 102,07 milhões de toneladas até outubro — um crescimento de cerca de 5% em relação a 2024 (97,29 milhões de toneladas).
Os principais portos de embarque continuam sendo Santos, Paranaguá e São Luís/Itaqui, responsáveis pela maior parte do escoamento da oleaginosa.
O aumento das exportações reflete a forte demanda internacional, especialmente da China, e a recuperação dos preços globais, que voltaram a se firmar após quedas registradas no início do ano.
O farelo de soja também apresentou bom desempenho, com 19,48 milhões de toneladas exportadas até outubro. Embora o volume seja inferior ao total de 22,84 milhões registrado em 2024, o produto segue com demanda consistente nos mercados europeu e asiático, impulsionado pela indústria de ração animal.
De acordo com a ANEC, os embarques de farelo de soja se concentraram nos portos de Rio Grande, Santos e Paranaguá, que juntos responderam pela maior parte do volume exportado.
O milho foi o produto que mais perdeu espaço no comparativo anual. Até outubro, as exportações somaram 30,14 milhões de toneladas, contra 37,83 milhões em 2024 — uma queda de aproximadamente 20%.
A redução está relacionada à menor produção da segunda safra, impactada por condições climáticas adversas e por um maior consumo interno, sobretudo para uso na produção de etanol e ração.
Apesar disso, o Brasil segue entre os principais exportadores globais de milho, atrás apenas dos Estados Unidos.
Mesmo com um volume menor em relação às demais commodities, o trigo apresentou alta expressiva nas exportações, totalizando 1,47 milhão de toneladas até outubro, contra 2,58 milhões no mesmo período de 2024. O avanço se deve à diversificação de destinos, com aumento de vendas para países da América do Sul e do Norte da África.
A movimentação portuária nacional manteve ritmo intenso.
- Santos liderou os embarques da semana 43, com 477 mil toneladas de soja e 567 mil de milho.
- Paranaguá aparece em seguida, com 344 mil toneladas de soja e 272 mil de milho.
- Portos do Norte, como Santarém, Barcarena e São Luís/Itaqui, também tiveram participação relevante, refletindo a expansão da logística exportadora via Arco Norte.
Esses corredores logísticos vêm se consolidando como alternativa estratégica ao eixo Sul-Sudeste, ampliando a competitividade brasileira no comércio internacional.
Com a aproximação do final do ano, a ANEC estima que os embarques totais possam ultrapassar 155 milhões de toneladas, considerando a programação prevista até dezembro.
A expectativa é que a soja mantenha o ritmo de embarques, enquanto o milho deve seguir pressionado por menores estoques e retração nos preços internacionais.


 
																	
																															 
											 
											