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Agroindústria deve somar 207 mil empregos na região Centro-Oeste até 2027 e MS renova suas cadeias produtivas
Mato Grosso do Sul vivencia uma renovação nas cadeias produtivas da agroindústria, com avanços principalmente nos setores sucroenergético e de florestas.
A Jornada Nacional de Inovação da Indústria – evento itinerante, que está percorrendo todo o país – encerrou sua passagem pelo Centro-Oeste. Nesta quinta-feira (30), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apresentaram o panorama e os desafios de inovação dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Entre 1996 e 2022, o Centro-Oeste teve um crescimento de 173% no valor de transformação industrial (VTI), maior taxa do país justamente pela expansão, modernização e industrialização da agricultura e pecuária. O VTI é a diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações, e, por isso, representa a riqueza criada pela indústria a partir da matéria-prima utilizada, mostrando o valor agregado ao produto.
É essa riqueza, do agronegócio, que deve responder por 207 mil postos de trabalho na região até 2027, favorecendo setores de tecnologia associados, com destaque para agritechs, biotechs e nanotechs (bioprodutos, bioinsumos e saúde). O levantamento é do Observatório Nacional da Indústria, da CNI.
Renovação nas Cadeias Produtivas
Mato Grosso do Sul vivencia uma renovação nas cadeias produtivas da agroindústria, com avanços principalmente no setor sucroenergético e de florestas.
O secretário Jaime Verruck salienta a importância da diversidade das cadeias produtivas.”Com os setores sucroenergético e florestal nós temos, na verdade, uma grande saída do produtor rural. Essa é uma grande avaliação. Nós não temos produtor de cana e não temos produtor de floresta. Essas áreas estão todas na lista remanescente desse processo de arrendamento, usufruto das cadeias produtivas. Elas absorveram essa fase da produção e que pode ser uma boa em termos de rentabilidade, mas quando olhamos o mapa de risco, você efetivamente está retirando da cadeia da soja. Quer dizer, a soja você não tem a integração vertical como as duas outras cadeias. Hoje estamos trabalhando nisso”, destacou.
A floresta e a soja são as cadeias produtivas que efetivamente estão levando ao processo de industrialização. “As duas cadeias produtivas florestais elas não nascem antes da indústria, elas são concomitantes. Hoje é mais fácil fazer uma indústria de quatro bilhões de dólares do que produzir e começar a fazer a base florestal. No caso da soja temos hoje mais uma indústria de soja em construção em Navirai, ampliação da ADM e a Aliança. Com isso a ideia é de aumentar o processamento”, pontuou Verruck.
Verruck lembra que Mato Grosso do Sul elegeu os setores produtivos que devem ser mais competitivos nos próximos anos que são: proteína animal, florestas, bioenergia e citricultura.


