Política
Segurança de Beto no debate mostra preparo e determinação para fazer de Campo Grande a metrópole do bem viver
O candidato Beto Pereira(PSDB) demonstrou, durante o debate do Portal Primeira Página, da Rede Mato-Grossense de Comunicação (RMC), que está preparado e pronto para fazer de Campo Grande a melhor metrópole para se viver, trabalhar e prosperar, do centro-oeste.
Mobilidade
Sorteado pela organização para falar sobre Onda Verde no trânsito de Campo Grande, Beto disse que Campo Grande está caminhando para um colapso de mobilidade.
“Não existe onda verde em Campo Grande, os semáforos não são interligados, o que há é uma tentativa improvisada de sincroniza-los. Já existem tecnologias de controle e organização de trânsito que fazem a leitura do movimento conforme os horários e do fluxo. Pretendo modernizar todo o fluxo de transporte na nossa cidade. Campo Grande tem mais de 600 mil veículos circulando, entre carros e motos. Temos quase um milhão de habitantes. Precisamos modernizar este setor”, avisou.
Beto citou, ainda, a necessidade de investir na estrutura do trânsito, com novas rotatórias e viadutos. “É preciso fechar alguns canteiros, liberar vias mais rápidas, dar fluidez ao trânsito. Estes pontos de ônibus que fizeram no meio das avenidas trouxeram transtornos e risco para motoristas e pedestres, além de atrapalhar o comércio, comigo não vai ter mais isso. Vamos mudar a realidade deste modal, e trazer mais conforto e modernidade para o campo-grandense”, avisou.
Equilíbrio entre Mulheres e Homens
Ao ser questionado sobre equidade de gênero, Beto se comprometeu a garantir um equilíbrio entre a participação de mulheres e de diversos grupos sociais em sua gestão, incluindo jovens e pessoas com deficiência.
Ele afirmou ter “certeza” de que haverá um esforço significativo para promover essa representatividade. No entanto, aproveitou a oportunidade para reformular a estrutura da máquina pública, propondo a redução do número de secretarias e a diminuição de cargos em comissão, uma vez que a “folha secreta”, criada pela atual gestão, que já consumiu R$ 380 milhões com pagamentos de salários e bonificações para servidores indicados pela prefeita.
Fim da Folha Secreta
“Nós iremos diminuir o número de secretarias. Nós vamos enxugar a máquina. Vamos diminuir os cargos em comissão. Vamos acabar com a folha secreta. Os investimentos de Campo Grande vão ser gastos com a população,” avisou.
Empregos
Beto destacou em suas considerações finais a necessidade de gerar empregos com dignidade para os campo-grandenses na própria cidade de Campo Grande e não mais nos municípios do interior.
“Vou gerar empregos de qualidade porque não quero mais ver a população de Campo Grande indo todos os dias buscar empregos no interior, em Sidrolândia, em Ribas do Rio Pardo, em Terenos.”
O candidato ressaltou a importância de aproveitar o bom momento econômico do estado de Mato Grosso do Sul para atrair os investimentos à capital. “Quero o desenvolvimento acontecendo aqui de fato. Vamos aproveitar o momento que o estado está vivendo e fazer de Campo Grande novamente uma cidade protagonista com desenvolvimento e investimentos”.
A evolução e retomada da economia da capital só será possível, segundo Beto, com o apoio do governo federal, da bancada federal na Câmara e no Senado, e do governo do Estado.
“Os problemas de Campo Grande, os verdadeiros problemas, você conhece e está vivenciando no dia-a-dia. Não estamos aqui para apontar culpados e, sim, apresentar as soluções. Acredito no nosso potencial e capacidade gigantescos para nos reinventarmos”, completou.
Hospital Municipal
Beto Pereira respondeu a uma pergunta da prefeita Adriane Lopes, que provocou-o em relação ao Hospital Municipal. Beto foi incisivo. “Queremos este hospital, mas queremos primeiro o básico. Precisamos reformar, equipar e estruturar as nossas seis UPAS, os quatro CRSc e as mais de 40 UBSs que estão em situação crítica. Precisamos, antes, valorizar o pessoal da saúde, que para receber o que é seu de direito tem que entrar na justiça. Quero resolver a rede de atenção básica, consulta, exame na hora, remédio na farmácia do posto. É assim que vamos desafogar as UPAS para melhorar o atendimento de urgência”, disse.
Para Beto Pereira, hospital tem que ser para atendimento público, SUS. “Essa história de gestão privada do hospital, terceirização da saúde está muito mal contada”, apontou.
Ele também avisou que vai banir o termo “revitalização” da Prefeitura: “É só pintura de fachada, maquiagem. Conosco será reforma completa, para dar dignidade para a população. Entendemos a importância da saúde básica. Não podemos conviver com orçamento de dois bilhões e faltar dipirona. Falta de medicamentos e insumos é a mais pura prova de bagunça de uma gestão. Nós vamos trabalhar com previsão, com estoque em reposição, com planejamento, para isso vamos informatizar os processos e não vai faltar remédios nem insumos para o pessoal da saúde trabalhar, nem para quem precisa”, afirmou.
Desenvolvimento
No questionamento feito a prefeita Adriane Lopes, Beto fez uma análise de que o estado de Mato Grosso do Sul nos últimos 10 anos cresceu 30% de crescimento real descontado a inflação. No mesmo período, Campo Grande diminuiu a sua economia em menos 1,59%.
Esta afirmação evidenciou uma preocupação com o desempenho econômico da capital em contraste com o avanço do restante do estado.
Na sua réplica, o candidato Beto Pereira abordou a questão sob a ótica do empreendedorismo, afirmando que a falta de investimentos em Campo Grande se deve, em grande parte, à burocracia que permeia o ambiente de negócios na cidade.
“Entre o Estado e Campo Grande, é justamente porque aqui em Campo Grande o empreendedor não encontra ambiente favorável de negócio. Você, empreendedor, você que investe em Campo Grande, sabe a dificuldade que é no seu dia a dia para você tirar um alvará, para você tirar uma licença, para você tirar uma habites. Ninguém, hoje, consegue vencer a burocracia que Campo Grande oferece para quem quer empreender,” disse Beto, enfatizando as barreiras que dificultam o crescimento da economia local.
Beto acrescentou que, como resultado dessa situação, o desenvolvimento econômico tem migrado para as cidades ao entorno de Campo Grande, mencionando localidades como Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia, Terenos e Jaraguari como exemplos de regiões que estão atraindo investimentos, em detrimento da capital.
O candidato ainda ressaltou que o ICMS reduziu na capital justamente pela queda na movimentação econômica de Campo Grande, perdendo empresas e investimentos.
“Você que sofre hoje as dificuldades com o município para investir em Campo Grande. Nós iremos estender o tapete vermelho aos empreendedores e buscar o desenvolvimento de Campo Grande aproveitando aquilo que está acontecendo no Estado de Mato Grosso do Sul. O ICMS de Campo Grande baixou porque o valor adicionado, que é movimentação econômica de Campo Grande, baixou. Há 12 anos, era 23% e hoje são 11% porque a economia de Campo Grande está minguando”.
Este diálogo acendeu um debate crucial sobre políticas públicas e a necessidade de um ambiente mais favorável ao empreendedorismo em Campo Grande, evidenciando a importância de um planejamento estratégico que possa reverter esse quadro e impulsionar o crescimento econômico na cidade.