Empreendedorismo
Para desenvolvimento e integração, Governo de MS fomenta comércio exterior em feira internacional
Mostrar Mato Grosso do Sul como um polo de oportunidades para quem deseja investir, trabalhar ou exportar pelo Estado. Estes são alguns dos objetivos do Governo do Estado, que participa por meio da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) da primeira edição da Ficomex (Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central), que ocorre até o próximo dia 29 de agosto, no Centro de Convenções de Goiânia. A Feira se firma como o maior evento de comércio exterior do Brasil. São dezenas de embaixadas; Câmaras de Comércio Exterior; empresas brasileiras e estrangeiras; instituições de ensino superior e governos estaduais reunidos em um só local, durante três dias.
No Espaço Global da Ficomex, onde estão sendo apresentadas as iniciativas e projetos dos 7 estados membros do Consórcio Brasil Central (BrC), está o estande de Mato Grosso do Sul, onde os técnicos da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) apresentam as oportunidades de negócios do Estado. Além disso, o secretário Jaime Verruck apresentou o MS aos representantes de embaixadas e interessados em investir, trabalhar ou exportar.
O foco das apresentações de Mato Grosso do Sul é o setor de energias limpas, celulose, proteína animal, bioenergia. “Nós estamos recebendo empreendimentos na área do etanol do milho, já com o setor canavieiro consolidado. Mas nós pensamos em SAF, combustível de aviação, em biometano. Então essa é uma das linhas. A outra é a de proteína animal. O Mato Grosso Sul quer se configurar como estado multiproteína, importante para a atração de empreendimentos na área de bovinocultura, avicultura, suinocultura”, disse Verruck.
O Governo do Estado também apresenta experiências de sucesso em relação as parcerias público privadas e as oportunidades que surgem com a implantação da Rota Bioceânica, que liga Mato Grosso Sul aos portos do Oceano Pacífico.
“Esta é uma oportunidade de ver, discutir e caminhar para realização de bons negócios e está em cima desta agenda, além da pauta de política pública, que passa por ambiente de negócios nas áreas de infraestrutura e logística. Hoje não tem como trabalhar com a industrialização destas riquezas se não proporcionarmos ao empresariado condição de competitividade. É o que todos os estados têm feito, individualmente e muitas vezes de maneira conjunta, para que a gente pense no Brasil”, afirmou Riedel.
A Ficomex reúne 40 embaixadores – representantes de países das Américas (Sul, Central e Norte), Europa, Ásia e África –, com oportunidades de negócios e de mostrar o MS para mercados globais. O evento tem 170 expositores, câmaras de comércio, empresas nacionais e internacionais e universidades, para debater o futuro do comércio exterior na região, além de discussões estratégias para fortalecer a integração e impulsionar o desenvolvimento. O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), também participa do evento.
Exportações em MS
As exportações de Mato Grosso do Sul no acumulado de janeiro a julho de 2024 já totalizaram US$ 6,012 bilhões. O saldo comercial do Estado é positivo, com um superávit de US$ 4,389 bilhões. Os destaques das exportações de Mato Grosso do Sul foram a soja e a celulose.
A China permanece como o principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, absorvendo 49,29% do total exportado. Os Estados Unidos e os Países Baixos seguem na segunda e terceira posições, com crescimento significativo das exportações para a Turquia e os Emirados Árabes Unidos.
Rota Bioceânica
Para melhorar a questão logística e favorecer as exportações, o Mato Grosso do Sul tem importância central no projeto da Rota Bioceânica, que posicionará o Estado como hub logístico para exportação à Ásia e para distribuição de produtos importados do mercado asiático.
O avanço da conclusão da Rota Bioceânica, que vai ligar o Brasil ao Paraguai, por meio das cidades de Porto Murtinho e Carmelo Peralta – diminuindo a distância para conexões comerciais dos dois países, e também Argentina e Chile, via Oceano Pacífico –, também desperta o interesse de outras cidades e regiões, que podem ser integradas ao corredor.
A ponte da Rota Bioceânica, que liga o município de Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, está com 60% das obras concluídas e com previsão de finalização em novembro de 2025. Já a obra do acesso que liga a BR-267 até a ponte internacional com aproximadamente R$ 472 milhões em investimentos já está licitada e a previsão é de que tenha início no mês de setembro.