Política
Assessora de Rose tentou contratar sósias de Beto, Reinaldo e Riedel para produzir fake news
A assessora da candidata a prefeita de Campo Grande pelo União Brasil, Rose Modesto, foi a contratante da agência que selecionou sósias do candidato a prefeito pelo PSDB, Beto Pereira, do ex-governador Reinaldo Azambuja e do governador Eduardo Riedel.
Áudios vazados ontem (3) nas redes sociais compravam que uma assessora da campanha de Rose Modesto, Iolanda Pereira de Araújo, teria buscado em uma empresa de mídia atores semelhantes a Beto Pereira, Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja.
A existência de vídeos que circularam na internet com conteúdos pejorativos e negativos direcionados a Beto Pereira reforçam as suspeitas da campanha tucana sobre uma verdadeira “fábrica de fake news” que usaria estes atores para produzir conteúdos difamando e caluniando a tudo e a todos ligados ao deputado federal.
A empresa TAG ME Mídias, confirmou em nota oficial as tratativas, ocorridas no dia 31 de agosto. A empresa alega que a contratação não se consumou e que não há ligação da TAG ME Mídias com a veiculação de fake news.
Áudios
A situação chegou ao poder Judiciário Eleitoral, que requereu atenção da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (3). A PF executou uma operação autorizada pelo TRE-MS, a pedido do PSDB e partidos aliados, contra essa suposta trama.
TAG ME Mídias
Iolanda Pereira de Araújo teria ‘cotado’ junto a empresa TAG ME Mídias, também alvo da operação, solicitando a busca de atores com características físicas semelhantes a Beto Pereira. A assessoria jurídica da TAG ME Mídias confirmou o contato, mas destacou que não houve discussão sobre roteiro ou qualquer plano para veiculação de fake news. A nota da empresa afirma que a negociação não foi concluída e que a contratação de um ator nunca ocorreu. (leia ao final)
Operação
Durante as investigações, a PF teria identificado uma rede de colaboradores que atuavam na produção e disseminação de informações falsas, utilizando táticas de desinformação para influenciar o resultado das eleições 2024. Mandados foram cumpridos em vários endereços, incluindo as residências de Matheus dos Santos Lopez e Marcos Antônio Davalo Gimenes, além da sede da TAG ME Mídias.
As investigações continuam e os três envolvidos no esquema poderão enfrentar penalidades que variam de multas a sanções penais, dependendo da gravidade dos crimes identificados. Eles devem ser ouvidos em juízo de primeiro grau, conforme determinação do desembargador que autorizou a operação, e terão que explicar suas ações, se por convicção pessoal ou a mando de alguém. Os dispositivos e documentos apreendidos passarão por perícia para a extração de possíveis provas.