agronegócio
Abate de bovinos, suínos e frangos cresce no 2º trimestre de 2025 no país: produção de leite, couro e ovos também avança

Mato Grosso do Sul se destaca no abate de suínos e aquisição de couro pelos curtumes neste levantamento. No país, os Indicadores do setor agropecuário mostram expansão na produção de carne, leite e derivados no segundo trimestre, impulsionando o desempenho do mercado interno e exportações.
O setor pecuário brasileiro apresentou crescimento expressivo no 2º trimestre de 2025. Dados da Pesquisa Trimestral do IBGE mostram aumento no abate de bovinos, suínos e frangos, além de avanços na aquisição de leite cru, couro bovino e na produção de ovos.
Abate de bovinos cresce 5,5%
Entre abril e junho de 2025, foram abatidas 10,46 milhões de cabeças de bovinos, alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2024 e de 5,5% frente ao 1º trimestre do ano.
O mês de maio foi o mais ativo, com 3,59 milhões de cabeças abatidas. O destaque foi o avanço no abate de fêmeas, que cresceu 16% em comparação ao ano anterior, confirmando a tendência observada no início de 2025.
Entre os estados, os maiores aumentos ocorreram em São Paulo (+129,52 mil cabeças), Pará (+87,09 mil) e Rio Grande do Sul (+50,45 mil). Já as quedas mais relevantes foram registradas no Mato Grosso (-85,43 mil) e em Minas Gerais (-52,98 mil).
Com 16,7% da participação nacional, o Mato Grosso segue líder no abate de bovinos, seguido por São Paulo (10,9%) e Goiás (10,1%).
Suínos atingem recorde histórico
O abate de suínos alcançou 15,01 milhões de cabeças no 2º trimestre de 2025, crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior e de 4,1% frente ao trimestre anterior. O resultado é o maior da série histórica iniciada em 1997.
Os destaques de alta foram Rio Grande do Sul (+179,24 mil cabeças), Minas Gerais (+95,87 mil) e Mato Grosso do Sul (+94,53 mil). Entre as quedas, aparecem Santa Catarina (-36,08 mil) e Mato Grosso (-20,45 mil).
Mesmo com a retração, Santa Catarina mantém a liderança nacional no abate de suínos, respondendo por 28% do total, seguida por Paraná (21,7%) e Rio Grande do Sul (17,8%).
Frangos têm melhor resultado
O abate de frangos somou 1,64 bilhão de cabeças, alta de 1,1% frente ao mesmo período de 2024. Apesar da ligeira queda de 0,4% em relação ao trimestre anterior, o desempenho foi recorde para um 2º trimestre da série histórica.
Em maio, o setor registrou o maior volume mensal já contabilizado desde o início da pesquisa. As altas mais relevantes ocorreram em São Paulo (+11,12 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+9,31 milhões) e Santa Catarina (+5,68 milhões).
O Paraná segue líder absoluto, com 34,1% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (11,4%).
Produção de leite cresce 9,4%
A aquisição de 6,50 bilhões de litros de leite cru no 2º trimestre de 2025 representou avanço de 9,4% em relação ao mesmo período de 2024. Porém, houve queda de 1% na comparação com o 1º trimestre.
O preço médio pago ao produtor foi de R$ 2,75 por litro, aumento de 5,4% frente a 2024. A Região Sul lidera a captação, com 40,7% do total, seguida pelo Sudeste (35,9%).
Entre os estados, os maiores crescimentos ocorreram em Rio Grande do Sul (+122,06 milhões de litros), Paraná (+120,04 milhões) e Minas Gerais (+74,15 milhões). Minas Gerais segue na liderança nacional, com 23,8% da captação.
Curtumes registram alta na aquisição de couro
A aquisição de couro pelos curtumes totalizou 10,75 milhões de peças, aumento de 4,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Frente ao trimestre anterior, houve leve recuo de 0,1%.
Os estados que mais contribuíram para a alta foram Goiás (+211,64 mil peças), Rio Grande do Sul (+183,51 mil) e Pará (+44,07 mil). Já as maiores quedas ocorreram no Paraná (-108,02 mil) e Mato Grosso (-64,23 mil).
Na liderança do setor, Goiás respondeu por 18,9% da aquisição nacional, seguido por Mato Grosso (15,0%) e Mato Grosso do Sul (11,5%).
Produção de ovos cresce 6,2%
A produção nacional de ovos de galinha atingiu 1,24 bilhão de dúzias no 2º trimestre, avanço de 6,2% em relação ao mesmo período de 2024 e de 2,9% frente ao trimestre anterior.
Entre os estados, os maiores incrementos vieram de São Paulo (+11,82 milhões de dúzias), Pernambuco (+11,18 milhões) e Minas Gerais (+8,29 milhões).
Mais da metade das granjas (54,6%) produziram ovos para consumo, que representaram 83% da produção nacional. São Paulo segue como maior produtor, com 25,6% da produção do país, seguido por Minas Gerais (9,9%) e Paraná (9,3%).