Economia
Abrafigro divulga que exportações totais de carne bovina bateram recorde em julho/25

Apesar do tarifaço norte-americano, as exportações totais do setor no mês de julho movimentaram 366.920 toneladas, novo recorde histórico para um único mês.
As exportações totais do setor de carne bovina (incluindo carnes in natura e processadas, miudezas comestíveis, sebo bovino, entre outros), bateram recorde no mês de julho de 2025, a despeito das tarifas adicionais impostas pelo governo dos Estados Unidos.
A carne bovina não está entre os produtos que entraram na lista de exceções e passou a sofrer uma taxa adicional de 40%, a partir de 1º de agosto de 2025, chegando a uma tarifa total de 76,4% para entrar no mercado dos Estados Unidos (nas vendas extraquota).
A partir do anúncio da nova tarifa, em 9 de julho, algumas indústrias suspenderam a produção destinada aos EUA em razão do impacto que a nova taxa traria sobre os negócios com aquele mercado.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Segundo a associação, a China foi responsável por 44,5%% da receita e por 38,5% das exportações de carne bovina nos sete primeiros meses do ano. Comprou 790.337 toneladas (+14,6%), que proporcionaram uma receita de US$ 4,082 bilhões (+33,7%). No ano passado, no mesmo período, a China importou 689.840 toneladas, com receita de US$ 3,052 bilhões.
Os Estados Unidos se mantiveram na segunda posição entre os maiores importadores, com vendas de US$ 1,468 bilhão e 484 mil toneladas embarcadas, participando com 23,6% do volume e 16% das receitas no acumulado de janeiro a julho de 2025.
Mas as vendas para o país norte-americano vêm apresentando queda após o mês de abril de 2025, quando atingiram o recorde de US$ 306 milhões. Em julho último, foram de US$ 183 milhões.
Na terceira posição está o Chile, que elevou suas aquisições de 57.241 toneladas em 2024 para 68.804 toneladas (+20,2%) no acumulado até julho de 2025, com receita subindo de US$ 271 milhões no ano passado para US$ 372,9 milhões (+37,6%) neste ano.
O México passou a ocupar a quarta posição saindo das 22.892 toneladas importadas em 2024 para 67.766 toneladas em 2025 (+ 196%), e propiciando uma entrada de divisas de US$ 364,79 milhões (+249,2%) contra US$ 104,5 milhões até julho do ano passado.
No total, 124 países aumentaram suas importações enquanto 48 reduziram suas compras, informa a Abrafrigo.