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Agrinho valoriza o Pantanal e celebra premiados entre mais de 1.300 trabalhos inscritos
O programa Agrinho, maior iniciativa de responsabilidade social do Senar/MS, realizou nesta quarta-feira (3) a solenidade de premiação de sua 11ª edição em Mato Grosso do Sul, marcada por um recorde histórico de participação. A abertura da programação foi conduzida pelo presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, acompanhado do governador Eduardo Riedel e da reitora da UFMS, Camila Ítavo. Ao longo do ano letivo, escolas dos 79 municípios desenvolveram atividades alinhadas ao tema ‘Cultivando Saberes, Protegendo o Pantanal’, envolvendo escolas públicas e privadas em ações de educação, cidadania e conhecimento sobre o agro.
No total, 216 mil estudantes e 16 mil professores, de 605 escolas, integraram o programa em 2025. O engajamento resultou na produção de mais de 1.300 trabalhos, dos quais 132 alunos e professores de 24 municípios chegaram à final nas categorias Desenho, Redação, Paródia, Podcast, Reportagem, Experiência Pedagógica e Escola Agrinho.
A edição deste ano trouxe como eixo temático o Pantanal, provocando as escolas a discutirem a relação entre conhecimento, preservação e desenvolvimento sustentável no bioma. O tema inspirou a criatividade dos alunos desde o 1º ao 9º ano, que transformaram o conteúdo estudado em produções artísticas, textuais e multimídia.
O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, destacou o papel transformador do programa e a importância de aproximar as novas gerações da realidade agropecuária do estado.
“Ao aproximarmos as novas gerações da realidade agropecuária do nosso estado, mostramos de onde vem o alimento e como o produtor rural trabalha com responsabilidade, sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Essa construção de conhecimento é fundamental para formar cidadãos mais conscientes”, afirmou.
Durante o evento, foi anunciado o tema “O agro que alimenta. Gente que cuida” que será trabalhado durante o ano de 2026.
Um programa que conecta campo e cidade
Implementado em 2014 pelo Sistema Famasul, na gestão do atual governador Eduardo Riedel, o Agrinho começou com 30 mil alunos de 8 municípios. Criado para fortalecer a formação cidadã, o programa amplia o conhecimento dos estudantes sobre a origem dos alimentos, a produção agropecuária e valores de ética, sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. De uma maneira didática, o Agrinho mostra em sala de aula que a comida não nasce no mercado, mas envolve o trabalho de milhares de pessoas que plantam, colhem, transformam e transportam os alimentos.
“Passa um filme na cabeça ao lembrar de 2014, quando, como presidente da Famasul, percebi que Mato Grosso do Sul não poderia ficar de fora do Agrinho e conversei pessoalmente com prefeitos e escolas para implantá-lo no estado. Ver, 11 anos depois, no que o programa se transformou é motivo de grande alegria. Hoje levamos às nossas crianças conhecimento de qualidade sobre produção, trabalho, cadeias produtivas e a cultura sul-mato-grossense, aprendizados que elas levarão para a vida toda. Parabenizo a liderança da Famasul e todos os envolvidos por fortalecerem um programa de enorme representatividade para o nosso MS”, destacou o governador Riedel.
Ao longo dos 11 anos, o programa apresentou um crescimento superior a 500% e já impactou mais de meio milhão de estudantes. Nesta edição, o avanço também se reflete na diversidade de instituições participantes, incluindo 42 escolas indígenas e 22 APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Educação que transforma
Além de valorizar o esforço dos estudantes e docentes, o Agrinho reafirma o compromisso do Senar/MS em promover uma educação que conecta saberes, incentiva o protagonismo juvenil e fortalece a relação entre escola e comunidade.
Dhionathan Ribeiro Fernandes da Silva, 10 anos, aluno do 4º ano da Escola Presidente Castelo, do distrito de Deodápolis, conquistou o 1º lugar na categoria Poema. Emocionado, ele descreveu o significado da conquista. “É muita emoção e felicidade, pois é a primeira vez que participo e ganho. No meu poema falei sobre os cantos e encantos do bioma. Quero participar de novo no ano que vem”.
Sofia Ribeiro de Souza, 14 anos, estudante do 8º ano da Escola Estadual São José, de Campo Grande, foi a vencedora do 1º lugar na categoria Podcast. Ela destacou a importância da premiação para sua trajetória.
“Foi uma grande conquista, porque eu nunca tinha tido uma oportunidade como essa, então é muito especial. Estou muito feliz por termos conseguido. A nossa escola nunca tinha participado e, na primeira vez, já ficamos em primeiro lugar. Meu podcast falou sobre o cuidado que precisamos ter com o Pantanal.”
Antônia Vieira Ferreira Azevedo, professora da Escola Municipal Irmã Irma Zorzi, de Campo Grande, conquistou o 1º lugar na categoria Experiência Pedagógica. Ela destacou a importância do programa para a escola e para o desenvolvimento dos alunos.
“Nossa escola participou do Agrinho pela primeira vez, e eu incentivei os professores a aderirem ao programa. Nossas crianças são o futuro e os multiplicadores; para termos um futuro melhor, dependemos da formação delas, e tudo tem a ver com o agro, que movimenta o mundo. O Senar está de parabéns por essa iniciativa tão inspiradora. Estou emocionada de estar aqui e receber esse prêmio pela minha atuação com os alunos”.
Foram reconhecidos os melhores trabalhos de cada categoria, com premiações que incluíram tablets e notebooks para alunos e professores.

