Economia
B20 Brasil Propõe Soluções para Impulsionar a Descarbonização Mundial até 2030
Entre as propostas listadas no documento com 24 recomendações do B20 estão as sugestões elaboradas pelo setor privado para enfrentar a crise climática global e lidar com a necessidade urgente de uma transição energética igualitária. De acordo com dados da COP28 e do Climate Policy Initiative, é preciso investir de US$ 5 a 8,5 bilhões por ano até 2030 para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
A força-tarefa de Transição Energética e Clima é liderada pelo CEO da Raízen, Ricardo Mussa. Ao lado dos 1,2 mil membros do B20 Brasil, foram elaboradas três recomendações e seis ações de políticas públicas para enfrentar os desafios dessa agenda.
Segundo a liderança do B20, apesar dos esforços colaborativos entre setores público e privado, a economia global ainda precisa avançar no combate ao aquecimento global e seus impactos. Para manter o aumento da temperatura global abaixo do limite crítico de 1,5°C, é essencial uma colaboração coordenada e diversificada entre governos, empresas, instituições, comunidades e demais envolvidos.
A sociedade exige um equilíbrio entre uma energia segura, descarbonizada e acessível
As emissões globais voltaram a atingir níveis sem precedentes em 2023 e mesmo que todos os países cumpram seus compromissos atuais, estimativas do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) indicam que as emissões globais ainda excederão o limiar de 1,5°C. Embora seja essencial lidar com o impacto climático, também é crucial enfrentar o desafio socioeconômico, reconhecendo que a sociedade exige um equilíbrio entre uma energia segura, descarbonizada e acessível.
“A transição para uma economia de baixo carbono é cada vez mais urgente. Precisamos de soluções renováveis, sustentáveis, eficientes e, principalmente, disponíveis em um horizonte factível para garantirmos a segurança energética e mantermos as metas do Acordo de Paris. Promover soluções climáticas naturais é um passo vital para restaurar ecossistemas e garantir benefícios climáticos duradouros. Como líder dessa força-tarefa, acredito firmemente que nossas recomendações são essenciais para juntos enfrentarmos os desafios globais”, afirma Ricardo Mussa.
Os integrantes da força-tarefa acreditam que a transformação para um futuro de baixo carbono, enquanto se promove a preservação e restauração ambiental, só é possível quando empresas e governos trabalham juntos. Para o B20, é importante que o problema seja abordado a partir de uma perspectiva global, destacando a necessidade de soluções para enfrentar essas questões e financiar ações de longo prazo.
O B20 Brasil 2024
Coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o B20 é o braço empresarial do G20 e o principal fórum de diálogo mundial que conecta a comunidade empresarial aos governos do grupo. A edição brasileira reúne sete forças-tarefas e um conselho de ação.
Os grupos de trabalho são formados por empresários do Brasil e dos outros países, membros do G20, que estão debatendo, desde o início do ano, propostas de temas urgente e importantes como Comércio e Investimento, Finanças e Infraestrutura, Emprego e Educação, Transição Energética e Clima, Transformação Digital, Integridade e Compliance, Sistemas Alimentares Sustentáveis e Agricultura, além do Conselho de ação Mulheres, Diversidade e Inclusão em Negócios.