Política
Cadeia da construção civil busca apoio de Beto Pereira para acelerar liberação de alvarás
Cansados da morosidade na liberação de alvarás e na emissão de habites, pequenos e médios construtores solicitaram ao candidato a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), apoio para desburocratizar os serviços oferecidos pela prefeitura. A construção civil é um dos segmentos que mais emprega e impulsiona a economia local. Durante a reunião com os representantes do setor, Beto comprometeu-se “arrumar a casa” e criar condições favoráveis para os investidores.
Representando 300 associados de uma entidade não partidária, o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), Diego Canzi, enfatizou a necessidade de que a cadeia da construção civil seja ouvida na futura gestão. Diego destacou que o compromisso de Beto com o setor é de longa data: em 2023, ele foi o único parlamentar de Mato Grosso do Sul a participar de um evento relevante em Brasília-DF.
Canzi apontou que o problema da emissão de documentos está ligado a questões administrativas, especificamente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur). Ele relatou que a liberação de habites pode levar mais de 120 dias. A associação chegou até a propor o financiamento da fiscalização, mas essa proposta foi rejeitada pela atual administração.
“É inadmissível que, após adquirir um terreno e realizar o investimento, o imóvel pronto fique parado por mais de 120 dias aguardando a liberação da documentação antes de começar a ser comercializado. Imóveis parados estão vulneráveis à marginalidade enquanto aguardam a vistoria. Na construção civil, tempo é dinheiro”, desabafou.
O setor da construção civil movimenta diversos segmentos da economia, incluindo lojas especializadas, cartórios e os bairros que recebem novos moradores. Beto Pereira reconheceu que essa angústia afeta tanto pequenos quanto grandes construtores, gerando insegurança jurídica e desconfiança entre os investidores em Campo Grande. “Atualmente, os construtores não têm a quem recorrer”, afirmou.
Ele considera um “grande erro” a forma como os construtores, responsáveis por gerar emprego e renda, têm sido tratados. “Hoje, falta liderança e comprometimento na gestão pública. Se necessário, devemos alterar as leis para mobilizar o setor e facilitar a vida de quem deseja investir e gerar empregos na cidade”, disse.
Entre suas propostas, Beto planeja informatizar os serviços da Semadur e estabelecer parcerias com a iniciativa privada e diminuir o tempo de espera para emissão dos documentos para comercialização de imóveis. “Acredito que Campo Grande tem potencial para crescer e pode voltar a ser protagonista. Para que isso aconteça, é fundamental arrumar a casa e garantir uma gestão eficiente”, defende.