Economia
Com alta de 14,3%, Mato Grosso do Sul alcança o maior crescimento do país no setor de serviços

Economia sul-mato-grossense mantém trajetória positiva e reflete dinamismo entre agro, indústria e empreendedorismo local, aponta IPF-MS.
Mato Grosso do Sul registrou, em agosto, um dos maiores crescimentos do país no volume de serviços, com alta de 14,3% em relação a agosto de 2024, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta terça-feira (14) pelo IBGE. O resultado colocou o Estado entre os quatro com maior impacto positivo no resultado nacional.
Para a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira, o desempenho é resultado direto de uma economia diversificada e integrada.
“O crescimento expressivo do setor de serviços do Mato Grosso do Sul é o reflexo dessa economia dinâmica que nós temos. Com a participação forte do agro, da indústria e do empreendedorismo local, o Estado vem se consolidando como um dos polos promissores do país em geração de emprego, renda e inovação. E tudo isso traz reflexo no volume de serviços”, destacou.
Segundo ela, o Estado vem apresentando variações positivas consecutivas, sustentando o avanço mesmo em um cenário de oscilações mensais.
“Fechar agosto com 14,3% é um resultado muito superior ao nível Brasil e contribui para que o indicador nacional permaneça positivo. Mato Grosso do Sul se destaca entre os estados brasileiros pela consistência e pelo dinamismo do setor de serviços”, completou a economista.
O levantamento do IBGE mostra que, na comparação com agosto de 2024, 19 das 27 unidades da federação registraram expansão no volume de serviços. As maiores contribuições positivas vieram de São Paulo (4,0%), Distrito Federal (7,3%), Paraná (2,9%) e Mato Grosso do Sul (14,3%).
Outro dado que reforça o bom momento do setor é o desempenho da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems). Setembro foi o nono mês consecutivo do ano com mais de mil registros de novas empresas. Até setembro, o Estado já contabiliza 10.248 empresas abertas, sendo 7.708 do setor de Serviços, 2.184 do Comércio e 356 da Indústria.
Para o IPF-MS, a combinação entre expansão empresarial, dinamismo regional e integração setorial explica a força do setor terciário no Estado. “Também observamos reflexos positivos nos serviços oferecidos às famílias, impulsionados pelo turismo e pela retomada do consumo. Isso reforça o potencial de continuidade desse crescimento”, avalia Regiane.