Cidades
Confira o ranking de qualidade de vida entre todas as capitais e estados do Brasil
Pela primeira vez, um estudo aplicou o Índice de Progresso Social (IPS), uma metodologia internacional que calcula o bem estar da população a partir de dados oficiais, em todas as cidades brasileiras. Com isso, foi elaborado um ranking sobre a qualidade de vida dos 5.700 municípios do país. Entre as capitais, a melhor é Brasília (DF) e a pior Porto Velho (RO). Já o melhor estado é São Paulo e o pior o Pará.
As notas dos estados são uma média de todos os seus municípios. São Paulo teve o melhor resultado, e as piores notas ficaram no Norte.
O IPS é dividido em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas; Fundamentos para o Bem-estar; e Oportunidades. Cada uma delas tem quatro componentes, e formam a média final. Mas cada componente é formado por alguns (normalmente de três a cinco) indicadores, com pesos entre eles. Por exemplo, no componente de segurança, o dado de taxa de homicídio tem peso maior que o de morte de jovens.
— Para o IPS não interessa quanto o município investe. Queremos saber o resultado, saber se no final do dia as pessoas estão vivendo melhor. Nem sempre a cidade com maior renda tem melhor qualidade de vida — explica Veríssimo, que diz que os resultados finais não surpreenderam muito.
Entre as capitais, as melhores notas foram para cidades planejadas, explicam especialistas. Assim, Brasília (DF) foi a vencedora, seguida por Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR).
Na ponta de baixo, na mesma lógica dos geral dos municípios, as capitais do Norte tiveram piores resultados. Além disso, o Rio e algumas capitais do Nordeste pontuaram mal.
— O IPS não tem indicador de renda, mas de certa forma consegue medir desigualdade social. Então cidades mais desiguais são afetadas. Teresina, João Pessoa e Aracaju, por exemplo, são cidades com serviços públicos bem distribuídos, mesmo entre as áreas mais pobres. Já Maceió e Rio são muito desiguais, e pontuaram pior. Quem conhece as praias do Rio e de Maceió não vê de perto os problemas sociais — explica Beto Veríssimo.
O Globo