agronegócio
Custo da nutrição animal, no confinamento, recua em novembro na região Centro-Oeste
Em novembro de 2025, o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) apresentou comportamentos distintos entre as duas principais regiões produtoras do país. No Centro-Oeste, o índice fechou em R$ 12,53, queda de 2,64% em relação a outubro. Já no Sudeste, o ICAP foi de R$ 12,28, registrando um leve aumento no comparativo mensal.
De acordo com a Ponta Agro, o Centro-Oeste segue beneficiado por uma oferta mais ampla de grãos e coprodutos, além de melhor logística interna no período pós-colheita. No Sudeste, por outro lado, o leve aumento está ligado à menor disponibilidade regional de milho, ao encarecimento dos fretes e ao reposicionamento das indústrias de ingredientes proteicos.
A redução do ICAP na região Centro-Oeste foi influenciada principalmente pelos alimentos volumosos, que apresentaram queda de 11,77% em relação ao trimestre anterior. A dieta de terminação, etapa de maior custo dentro do ciclo produtivo, encerrou o período em R$ 1.097,51 por tonelada de matéria seca, leve recuo de 0,70%. Os insumos que exerceram maior pressão de baixa foram: silagem de milho (-26,38%), silagem de capim (-22,14%) e bagaço de cana (-13,99%), informa a Ponta Agro.
No Sudeste, o aumento do ICAP foi impulsionado por elevações nos custos dos insumos proteicos (+3,80%) e volumosos (+2,26%). A dieta de terminação fechou novembro em R$ 1.160,81 por tonelada de matéria seca, alta de 0,69% no comparativo trimestral. De acordo com a Ponta Agro, os principais insumos que contribuíram para essa elevação foram: silagem de milho (+7,29%), caroço de algodão (+5,77%), polpa cítrica (+4,06%), bagaço de cana (+1,78%) e DDG (+1,66%).
A queda dos custos nutricionais em relação a 2024 é resultado de um conjunto de fatores estruturais que marcaram o ano de 2025, aponta a empresa, que acrescenta: “A supersafra de grãos – especialmente milho e soja – ampliou a oferta interna e reduziu a pressão sobre preços ao longo de todo o ano, derrubando o custo das bases energéticas e proteicas das dietas”.
Além disso, a indústria de coprodutos operou com maior regularidade e competitividade, favorecendo insumos como DDG, polpa cítrica, bagaço de cana e caroço de algodão. Somado a isso, a menor volatilidade cambial e a recomposição dos estoques nacionais contribuíram para estabilizar preços em patamares mais baixos. “Todo esse conjunto fez de 2025 um ano estruturalmente mais barato para produzir arrobas no confinamento quando comparado a 2024”, avalia a Ponta Agro.


