agronegócio
Exportações de carne bovina crescem 6,7% em novembro e já superam todo o volume embarcado em 2024
As exportações brasileiras de carne bovina seguem em ritmo acelerado em novembro de 2025. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (24) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 238,2 mil toneladas até a terceira semana do mês, superando o total registrado em novembro de 2024, que foi de 228,1 mil toneladas. O avanço representa alta de 6,76% no comparativo anual.
A média diária de exportações também apresentou desempenho expressivo. Até a terceira semana, o volume médio alcançou 17,01 mil toneladas por dia, crescimento de 12,7% em relação à média do mesmo período do ano passado, de 12 mil toneladas.
Segundo acompanhamento do portal Notícias Agrícolas, o ritmo dos embarques ganhou força ao longo do mês. A primeira semana de novembro registrou 100,8 mil toneladas, seguida por 63,6 mil toneladas na segunda semana. Já na terceira, o volume voltou a subir, atingindo 74,6 mil toneladas, consolidando a tendência de aceleração do setor.
Setor caminha para novo recorde mensal
Com a forte demanda internacional, o setor da carne bovina brasileira caminha para encerrar novembro com recorde histórico de exportações. O desempenho reforça a consolidação do Brasil como um dos principais fornecedores globais de proteína bovina, sustentado por competitividade e qualidade do produto.
Faturamento tem salto de 59,7% e preços sobem mais de 12%
O faturamento acumulado com as exportações de carne bovina até a terceira semana de novembro de 2025 alcançou US$ 1,308 bilhão, contra US$ 1,111 bilhão no mesmo mês de 2024 — um salto de 59,7% na média diária, que passou de US$ 58,49 milhões para US$ 93,43 milhões.
Os preços médios pagos pela carne bovina também apresentaram valorização. Até a terceira semana de novembro, o valor médio ficou em US$ 5.491 por tonelada, alta de 12,7% frente ao observado em 2024, quando estava ao redor de US$ 4.871 por tonelada.
A Secex destacou que a organização das semanas de novembro de 2024 diferiu do padrão atual. No ano passado, o mês iniciou em uma sexta-feira, e o órgão contabilizou esse único dia útil como a primeira semana, reunindo a 1ª e 2ª semanas no boletim seguinte. Assim, novembro de 2024 contou com cinco semanas de divulgação, enquanto 2025 segue o padrão tradicional de quatro.
Essa diferença metodológica, no entanto, não altera o volume total exportado, impactando apenas a forma de agrupamento dos dados semanais.

