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17 de Junho de 2025

Política

Insegurança e acidentes na BR-262 repercutem na ALEMS

Mais um acidente com mortes foi registrado na BR-262 e causou indignação dos deputados estaduais em Mato Grosso do Sul. O tema foi iniciado na tribuna por Paulo Duarte (PSD), que lamentou a falta de medidas preventivas, como, por exemplo, a colocação de uma balança para pesar caminhões antes da ponte sobre o Rio Paraguai, próximo ao local da tragédia que ceifou a vida de Andrezza das Neves Felski, de 27 anos, Marcelino Florentino Filho, de 84 anos e amputou a perna de uma criança que está internada em estado grave na UTI.

“O acidente entre um ônibus e um caminhão carregado de minério, no trecho próximo ao Buraco das Piranhas, não foi o acaso. Foi uma tragédia anunciada. Não é neste Governo Federal. Todos há muito tempo vêm com o sucateamento dos órgãos federais aqui. A BR-262 virou uma verdadeira pista de mortes de seres humanos e animais. Impressionante. Um local que é um santuário ecológico, agora é um cemitério”, lamentou Duarte.

Para o parlamentar, uma balança de pesagem já seria uma solução rápida de segurança viária. “Tínhamos que ter uma balança, porque ali é um trecho construído sobre um aterro, em que caminhões pesados continuam trafegando. Eu mesmo já escapei de acidentes. É um sobe e desce na estrada e os caminhões passam sem nenhum controle. Há muito tempo temos assistido um desmonte das instituições federais. O órgão que deveria fiscalizar o pagamento do minério, sabe quantos funcionários tem em MS? Nenhum. Tudo em Brasília e o que Brasília sabe de MS? Esses dias fui no IBGE, sucateado. Ibama? Sucateado. Não estou falando de política partidária. Isso vem há muito tempo. Até quando o Governo Federal vai deixar acontecer tragédia sem fazer nada?”, criticou.

Zeca do PT sugeriu comissão para levar assunto ao Ministério de Infraestrutura

De acordo com informações obtidas pelo seu gabinete, a obra de recuperação da rodovia após o acidente será iniciada em 20 dias, mas Duarte enfatizou a necessidade de atuação maior das agências fiscalizadoras. O deputado Zeca do PT se somou ao pronunciamento. “Fui à Funai, que aqui tem três coordenadorias no estado e um orçamento de R$ 150 mil por ano para sementes, combustível e, enfim, sobreviver. Um horror. Sucateamento total. Conseguimos emendas com a Bancada Federal para eles agirem minimamente. A ponte tem impacto semelhante. Ela não foi concebida para suportar tamanho peso. Quero me somar a um requerimento para até tirarmos uma comissão para ir ao Ministério da Infraestrutura mostrar um filme. É impossível continuar assim”, sugeriu Zeca.

Duarte concordou e disse que deverá enviar documentos pedindo providências de investigação de responsabilidades pelo Ministério Público Federal. Professor Rinaldo (PSDB) e Coronel David (PL) pediram para assinar o documento. “Tem assuntos que temos que fugir da polarização ideológica. E o que aconteceu aqui? As ferrovias que transportavam o minério acabaram”, disse Rinaldo. “Precisamos salvar vidas. Estamos juntos nessa luta que não é isolada. Que essa Casa vá à frente, peça solução rápida, urgente, que tem gente morrendo”, completou David.

Rinaldo e Hashioka concordaram com a necessidade de melhorias

Como engenheiro civil, o deputado Roberto Hashioka (União) relembrou da inauguração da ponte. “A pavimentação da rodovia foi feita com bastante dificuldade pela escassez de solo que tivesse suporte. O Governo fez com dragas, fez um processo de envelopamento depois, que pudesse atender ao tráfego local. E hoje a gente sabe que a exploração de minério parece que aumentou cinco vezes, ou seja, não tem essa estrutura necessária para suportar carretas enormes. Inclusive eu participei da inauguração da ponte, com Zeca governador, Fernando Henrique veio na presidência. E agora podemos ver que a ponte pode entrar em colapso. Temos a BR-163 e a BR-262 colocadas entre as dez rodovias mais perigosas do Brasil, em questão de acidentes. Na gestão pública enfrentamos a falta de aparelhamento. Pertinente sua colocação”, ponderou Hashioka.

Aos animais, o deputado Lidio Lopes (Sem partido), disse que irá reapresentar projeto de lei que dispõe sobre a construção de travessias subterrâneas nas rodovias. “É uma estrada que corta o estado de um extremo ao outro. Precisamos ter cuidado. Eu mesmo já atropelei uma capivara, que não deu tempo de frear. Estou reapresentando proposta para passarelas aos animais, que já temos nas estradas do Paraná e São Paulo e aqui é um grande problema e foi vetado. Nossa fauna sendo atacada e causando acidentes. Conte conosco para as reivindicações para as melhorias”, finalizou.

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