Cotidiano
Mato Grosso do Sul reduz óbitos maternos e discute enfrentamento da prematuridade

Especialistas destacam a importância do pré-natal precoce e do envolvimento da sociedade na redução da mortalidade materno-infantil
Mato Grosso do Sul registrou queda na mortalidade materna nos últimos anos. Em 2023, foram 22 óbitos, enquanto em 2024 o número caiu para 15. Apesar da redução, especialistas alertam para a necessidade de fortalecer a assistência à saúde materno-infantil e combater a prematuridade, principal causa de mortes infantis no estado. Esses temas foram debatidos nesta quarta-feira (19), em Campo Grande, durante a reunião dos comitês estaduais de prevenção ao óbito materno e infantil. O encontro reuniu profissionais da saúde, representantes da sociedade civil, Ministério Público e movimentos de mulheres, reforçando a importância da atuação conjunta para reduzir esses índices.
Segundo a presidente do Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno e Infantil e gerente da Vigilância do Óbito Materno e Infantil da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Hilda Guimarães, a prematuridade segue como o maior desafio. “Dos óbitos infantis registrados no último ano, a maioria ocorreu por prematuridade. Infecção urinária e hipertensão na gestação são fatores de risco, por isso é essencial que as gestantes iniciem o pré-natal precocemente e recebam acompanhamento adequado”, detalhou.
Encontro reuniu profissionais da saúde, representantes da sociedade civil, Ministério Público e movimentos de mulheres, reforçando a importância da atuação conjunta para reduzir esses índices.
Participaram do evento cerca de 200 profissionais, que antecipadamente esgotaram as inscrições. Durante as palestras, foram discutidos temas fundamentais para a melhoria da assistência materno-infantil, como o panorama da mortalidade materna e infantil em Campo Grande, destacando os principais desafios e avanços na redução desses índices. Também foi abordado o papel dos comitês de prevenção, sua composição e a importância das análises realizadas para identificar fatores de risco e propor soluções eficazes.
Outro ponto central foi a necessidade de aprimorar a organização da rede de atenção à saúde por meio de estratégias como o PlanificaSUS, que busca otimizar o atendimento às gestantes e bebês desde a atenção primária. Além disso, foram apresentadas recomendações baseadas nas avaliações do comitê, reforçando a importância do pré-natal precoce, do monitoramento contínuo das gestantes e da adoção de ações intersetoriais para garantir um atendimento mais eficiente e humanizado.
O evento destacou ainda a necessidade de um esforço coletivo para reduzir a mortalidade materno-infantil, envolvendo não apenas os serviços de saúde, mas toda a sociedade. Questões como acesso à informação, acompanhamento familiar e envolvimento da comunidade são fundamentais para garantir melhores condições para gestantes e bebês.