agronegócio
Mercado de milho apresenta oscilações de preços com atenção ao clima e exportações aquecidas

O mercado brasileiro de milho registrou oscilações nos preços ao longo da semana, com destaque para o clima, que impacta diretamente o plantio da safra de verão. Segundo a Safras Consultoria, algumas praças registraram queda nos valores, enquanto outras apresentaram alta, influenciadas também por especulações do câmbio.
Nos últimos dias, o retorno das chuvas favoreceu o avanço do plantio em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, embora no Centro-Oeste volumes ainda sejam insuficientes para acelerar os trabalhos no campo.
Demanda interna
O aumento da participação de consumidores no mercado, em busca de lotes pontuais para suprir necessidades específicas, contribuiu para a manutenção dos preços em algumas regiões.
No mercado disponível ao produtor, os valores variaram da seguinte forma:
- Cascavel/PR: R$ 61,00/saca, estável
- Campinas/CIF/SP: R$ 68,00/saca, alta de 0,74%
- Mogiana/SP: R$ 65,00/saca, alta de 4,84% em setembro
- Rondonópolis/MT: R$ 61,00/saca, sem mudanças
- Erechim/RS: R$ 72,00/saca, estável
- Uberlândia/MG: R$ 60,00/saca, queda de 3,23%
- Rio Verde/GO: R$ 58,00/saca, sem alterações
O preço médio da saca no país ficou em R$ 63,47 no dia 9 de outubro, leve alta de 0,09% em relação à semana anterior.
Exportações
As exportações brasileiras de milho seguem aquecidas em outubro, com line-ups indicando embarques acima de 5,5 milhões de toneladas. Em setembro, o país registrou:
- Receita: US$ 1,53 bilhão (22 dias úteis)
- Quantidade exportada: 7,563 milhões de toneladas
- Preço médio por tonelada: US$ 202,40
Na comparação com setembro de 2024, houve:
- Aumento de 22,5% no valor médio diário exportado
- Ganho de 17,8% na quantidade média diária
- Valorização de 4,0% no preço médio
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Mercado internacional e fatores externos
No mercado global, os preços do milho apresentaram volatilidade, impactados pelo fechamento do governo dos Estados Unidos, que adiou a divulgação de relatórios importantes do setor. Além disso, a oferta elevada nos EUA e no mundo continua exercendo pressão baixista sobre as cotações internacionais, refletindo nas negociações internas.