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25 de Agosto de 2025

Cultura/Turismo

Pedra Branca leva fusão de música eletrônica e world music ao Balneário Municipal no Festival de Inverno de Bonito

O quarto dia do Festival de Inverno de Bonito 2025 foi marcado por um mergulho sonoro no coração da natureza. No sábado (23), o Palco Sol, montado no Balneário Municipal, recebeu uma programação dedicada à música eletrônica, que começou às 9h30 e se estendeu até o fim da tarde. A proposta foi clara: aproximar diferentes vertentes da cena eletrônica ao público local e visitante, em sintonia com o cenário natural de um dos cartões-postais mais famosos do Brasil.

A produção do palco foi assinada pelos coletivos Music Lab e Mundo Eletrônica, sob curadoria do DJ e produtor Fabricio Cabi, articulador da música eletrônica em Bonito. “A gente conseguiu consolidar uma cena na cidade desde 2021. Já trouxemos dezenas de artistas de vários países e estados, mas estar no Festival de Inverno, com reconhecimento oficial da música eletrônica como cultura, é uma conquista histórica. É a prova de que esse movimento tem pertencimento local e valor artístico”, destacou Cabi.

DJs regionais abriram os trabalhos

O público foi aquecido por diferentes duplas de DJs locais e regionais. Felício e Fred Canhão trouxeram afro house e tech house para abrir a pista. “Foi minha primeira vez no festival e também a primeira em um equipamento profissional. É incrível ver a música que gostamos ganhar esse espaço”, disse DJ Felício. Fred, português radicado em Bonito, completou: “É histórico ver esse estilo num palco à beira-rio, com gente de todas as idades dançando cedo da manhã. É algo que a cidade vai lembrar”.

Na sequência, DJ Ulli e DJ Mixxel, ambos bonitenses, exploraram o bass house e minimal house. “Não é sempre que podemos tocar no cartão-postal da nossa cidade. A vibe foi contagiante”, comentou Ulli. Mixxel reforçou o impacto cultural: “Eventos assim são fundamentais pra fomentar a cena e dar visibilidade à música eletrônica em Bonito”.

Também passaram pelo palco DJ Renascence (Campo Grande) e DJ CKay (Dourados), que apostaram em psytrance, deep house e techno. “É emocionante mostrar a diversidade do eletrônico, de sons mais acelerados aos mais comerciais, num lugar como esse”, disse CKay.

Já os bonitenses DJ Duda e DJ Lure propuseram um clima mais lounge e jazz eletrônico. “É um sonho poder tocar aqui, tomar banho de rio e, ao mesmo tempo, mostrar nossa arte. Esse espaço público legitima a música eletrônica como expressão cultural”, destacou Duda.

Antes da atração principal, DJ Keertana e DJ Green, de Campo Grande, fizeram um set marcado por brasilidades, jazz e afrobeat. “Pensamos em um som que casasse com o ambiente, com essa energia de natureza. Foi mágico preparar o público para o Pedra Branca”, contou Keertana.
Pedra Branca: world music em diálogo com a natureza

O ponto alto do dia veio com a estreia do Projeto Pedra Branca, de São Paulo, que apresentou um pocket show combinando instrumentos tradicionais e beats eletrônicos. Com 24 anos de trajetória, o grupo é referência na fusão entre world music e música eletrônica orgânica.

“O Pedra Branca nasceu para fundir o eletrônico com instrumentos do mundo todo. Tocamos sitar indiano, didgeridoo australiano, berimbau e pandeiro, sempre dialogando com a música brasileira. Nosso som é o que chamamos de orgânico eletrônico — um encontro entre culturas e beats”, explicou Luciano Sallun, fundador do projeto.

A sonoridade única do Pedra Branca ecoou entre as árvores do balneário e encantou o público. A aposentada Ana Luiza de Matos, que acompanhou toda a programação, destacou a experiência: “Uma delícia, muito gostoso, deu pra curtir e conversar ouvindo música. Essa pegada oriental do Pedra Branca foi fascinante, uma experiência diferente e muito bonita”.

Encerramento em clima de pista

O dia terminou com os sets dançantes de DJ Cabi e DJ Alê DDS, que trouxeram o techno para fechar a programação em alta energia. “Preparar um set é como construir uma história. Hoje a missão foi conduzir o público da contemplação até a catarse, e o Balneário foi o cenário perfeito pra isso”, resumiu Alê.

Entre o som das águas e os graves pulsantes, a música eletrônica mostrou sua força como ponte cultural no Festival de Inverno de Bonito: diversa, inclusiva e, acima de tudo, em harmonia com a natureza.

O Festival de Inverno de Bonito continua até o dia 24 de agosto, em Bonito. Para mais informações sobre a programação completa do evento, acesse o site

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