A inovação central é o sistema de pré-enquadramento, que orienta o empreendedor passo a passo na montagem de um projeto de financiamento. Ao final da navegação, a plataforma gera automaticamente um PDF com o projeto pré-enquadrado, já adaptado às regras das linhas do Fundo Clima. O documento pode ser encaminhado diretamente às instituições financeiras credenciadas. Até o momento, Bradesco, BDMG, BRDE, Banrisul e Desenbahia já aderiram ao projeto, ampliando a capilaridade do crédito verde no país.
Durante o lançamento, realizado no estande do Sebrae na Green Zone, o vice-presidente Geraldo Alckmin também destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento econômico do país. “A Plataforma Empreender Clima vai fortalecer a economia brasileira. Ela estimula a atividade empreendedora, amplia a geração de empregos e cria mais oportunidades de renda para a população”, afirmou.
“As micro e pequenas empresas são a força viva da economia brasileira e também as mais vulneráveis aos impactos climáticos. Esta é uma resposta concreta, estruturada e histórica”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima. Além de apoiar negócios já inseridos na agenda climática, a plataforma será integrada ao Projeto Pró-Catadores, permitindo que profissionais de resíduos sólidos acessem com mais facilidade cursos, orientações e financiamentos de baixo carbono.
O ministro do MEMP, Márcio França, reforçou o impacto do novo serviço para os donos de pequenos negócios. “A Plataforma Empreender Clima é um dos maiores legados desta COP. Ela leva crédito acessível a quem hoje paga até 30% ao ano. Com taxas próximas de 4%, damos aos pequenos negócios a chance real de crescer, se formalizar e gerar emprego. É uma virada histórica”, afirmou França, lembrando que a ferramenta abre caminho para a formalização.
A chefe do Departamento de Operações do BNDES, Camila Costa, destacou a inovação da ferramenta. “A grande novidade é o assistente virtual que apoia os pequenos na elaboração de projetos aptos a serem apresentados à rede de bancos parceiros. É uma jornada que vamos trilhar com muita força, garantindo assessoria técnica e ampliando o acesso ao crédito”, afirmou. Ela lembrou que o BNDES é gestor do Fundo Clima desde 2011 e que, somente entre 2023 e 2024, o volume de recursos disponíveis saltou de R$ 1 bilhão para R$ 20 bilhões.
Camila Costa, chefe do Departamento de Operações do BNDES, destacou que a iniciativa vai contribuir para a ampliação do acesso ao créditoPara Rodrigo Rossi, chefe de Representação da OEI no Brasil, o país já lidera a transição ecológica e o desafio agora é fazer com que o financiamento climático chegue ao “Brasil real”. “A transformação climática não pode ficar restrita, precisa alcançar quem empreende nos territórios e sustenta a base produtiva. Isso exige formação, capacitação e instrumentos para os pequenos”, afirmou Rossi. A previsão é ampliar a Plataforma Empreender Clima para outros setores, como bioeconomia, agroflorestas e manejo sustentável.
A transformação climática precisa alcançar quem empreende nos territórios e sustenta a base produtiva, afirmou Rodrigo Rossi, chefe de Representação da OEI no BrasilIntegração com o Acredita Sustentabilidade
O lançamento da Plataforma Empreender Clima se integra ao Acredita Sustentabilidade, programa do Sebrae também anunciado durante a COP30, para apoiar empreendedores na adoção de práticas sustentáveis por meio de capacitação, consultoria, diagnóstico e conexão com instrumentos de financiamento verde. Oferece orientação personalizada, diagnóstico de necessidades e conexão com linhas de financiamento verde, permitindo investimentos em eficiência energética, gestão de resíduos, economia circular e tecnologias de baixo carbono.
