Projetos de bioeconomia com edital de 10 milhões do Governo integram meta para tornar MS carbono neutro até 2030

Pesquisadores dos 11 projetos aprovados na Chamada Pública 01/2024 – Bioeconomia, do Governo do Estado, expuseram suas propostas, que têm foco na utilização de recursos biológicos, renováveis e recicláveis, e fazem parte das ações para aproximar Mato Grosso do Sul da meta de se tornar Carbono Neutro até 2030.

O edital da Chamada Pública 01/2024 – Bioeconomia, no valor de R$ 10 milhões, foi aberto em agosto de 2024 pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência Tecnologia e Inovação) e Fundect (Fundação de Apoio do Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul), em conjunto com o Senai.

As soluções desenvolvidas nestes 11 projetos e que podem transformar a realidade de indústrias sul-mato-grossenses foram apresentadas em um workshop sobre inovação em bioeconomia, realizado nesta terça-feira (28) no auditório do Bioparque Pantanal.

Participaram do workshop especialistas, empresários, representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e do Departamento Nacional do Senai.

O secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, destacou a relevância do investimento em bioeconomia. “Estamos investindo em um futuro mais sustentável e inovador para a nossa indústria. A bioeconomia é uma área promissora, que alia crescimento econômico com preservação ambiental e está totalmente alinhada com os pilares de desenvolvimento do Governo do Estado. Queremos ser protagonistas nessa transformação”, afirmou.

Já o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, ressaltou a diversidade das propostas e a importância do apoio à inovação industrial. “Fiquei bastante orgulhoso de ver a diversidade dos projetos apresentados, desde geração de energia até tecnologia de alimentos, passando por controle de pragas e ações de saneamento. É um orgulho para nós, do Senai, contribuir com o crescimento industrial do Estado.”

O coordenador nacional de bioindústria do MDIC, José Ricardo Ramos Sales, também reforçou a qualidade das iniciativas. “Pudemos conhecer projetos em fase inicial, outros mais estruturados, envolvendo setores como mel, chocolates, bioinsumos e biocosméticos. Tudo isso converge para os projetos na área de bioindústria que temos conduzido na secretaria.”

Além do workshop, até quinta-feira (30), serão realizadas visitas técnicas a cidades do interior do Estado, como Três Lagoas e Ivinhema, onde outras iniciativas industriais serão conhecidas.

Empresas e projetos apoiados pelo edital

• Arandu Biotecnologia – BioCor: Aperfeiçoamento e aplicação de corante natural vermelho biotecnológico
• Beeco – Entreposto de mel e cera de abelha Ltda. – LioMel: Adoce com Saúde. Açúcar de Mel Liofilizado.
• Briketts Ex Industria e Comercio – BioDust:  Novo bioinsumo para recondicionamento de solos degradados
• Divina Flor – BioDermTech: Desenvolvimento de produto dermatoterapêutico orgânico à base de Cannabis sativa
• Infinite Indústria e Comércio Ltda. – Ironbriq: Briquete de alto desempenho produzido a partir do resíduo industrial pó de balão e bagaço de cana
• Izik Criando Inovação – Purple Berry: Bio-Fármacos de Resíduos de Jabuticaba
• Myrelli Brandão Gomes – B12 Cerrado: Linha de Chocolates Funcionais do Cerrado com Microalgas e Metilcobalamina
• Pantanal Comércio de Bioinsumos e Biotecnologia Ltda. – SoluMet:  Processo inovador de identificação e caracterização de metabólitos secundários produzidos em sistema on farm
• Sistêmica Kove Ltda. – BioDefesa: Gryon sp. novo bioinsumo para o controle de percevejos
• Suzano S.A. – Bio01: tecnologia para a produção de biogás a partir de biomassas residuais geradas na produção de papel e celulose
• WSI Engenharia – EfluClean: Soluções Sustentáveis para o Tratamento de Efluentes Industriais