Política
Riedel reafirma que não faz gestão com aumento de impostos e, sim, com redução de gastos de custeio na máquina administrativa

Durante entrevista nesta quinta-feira (21) à TV Morena, o governador Eduardo Riedel (PP), tratou de temas relevantes para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e comentou medidas estratégicas para a gestão, como o decreto que prevê corte de até 25% em contratos e despesas de custeio.“Mais fácil é subir imposto. Mas a gente não sobe imposto. Buscamos o caminho da redução de gasto num momento difícil, para preservar investimentos”, ressaltou.
Riedel explicou que a medida foi necessária diante da queda na arrecadação do ICMS sobre o gás importado da Bolívia.
Na mesma entrevista, o governador também comentou sua filiação ao Progressistas (PP). “Estamos saindo daquela realidade de 35 partidos para um volume bem menor de partidos, o que é muito saudável. Eu sou totalmente favorável a isso, aquela sopa de letrinha, com 35 partidos, não tem ideologia para tudo isso, não tem diretriz pública para tudo isso e nesse movimento é natural que os partidos se agreguem, façam federações, fusões”, explicou o governador.
Ainda sobre política, Riedel descartou mudanças em seu secretariado por razões político-partidárias e minimizou o anúncio do PT de deixar a base do governo estadual. “O PT definiu a saída da base por motivos deles, e tudo bem. Vou recebê-los para entender as motivações, mas impacto nenhum. A gente continua trabalhando independente, para as pessoas e para o público, com diretriz e monitoramento dos resultados”, afirmou.
Missão Ásia
Sobre a missão à Ásia, Riedel destacou que a viagem à Índia, Japão e Singapura serviu para ampliar mercados e atrair investimentos, após a imposição de tarifas pelos EUA. Segundo ele, a medida de Washington afetou principalmente as exportações de carnes e tilápia sul-mato-grossenses. “Toda crise é uma oportunidade. Grandes oportunidades estão surgindo para o Brasil, em especial para Mato Grosso do Sul”, adiantou.
O governador também tratou das medidas de combate à violência contra a mulher no Estado, destacando a digitalização de processos e a integração entre governo e órgãos de justiça. “Hoje, em um minuto, o processo já está disponível para o Judiciário, Ministério Público e Defensoria. É uma transformação estrutural que está surtindo efeito, ainda que seja um trabalho contínuo de curto, médio e longo prazo”, asseverou.