Soja e milho puxam crescimento do campo e Valor Bruto da produção do agro no Estado, em agosto, chega a R$ 76 bilhões

Em Mato Grosso do Sul, o campo continua mostrando sua força. Segundo levantamento da Aprosoja/MS com base em dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em agosto de 2025, o Valor Bruto de Produção (VBP) do Estado, que representa quanto a agropecuária gera em riqueza, chegou a R$ 76 bilhões. Isso significa 24% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Grande parte desse resultado vem da soja e do milho, que juntos representam 77% da produção agrícola sul-mato-grossense. O milho foi o destaque do ano, com crescimento de 47%, o equivalente a mais R$ 3,55 bilhões em relação a 2024. A soja também apresentou um bom desempenho, com alta de 17%, somando R$ 3,86 bilhões a mais.

De acordo com o analista de economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes,  o desempenho recente do agro em Mato Grosso do Sul evidencia uma diversificação relativa da matriz agrícola, já que, embora a soja e o milho continuem sendo as culturas dominantes, o crescimento mais acelerado do milho aponta para uma mudança na dinâmica.  “Mesmo com uma oferta maior de grãos, a demanda tem se mantido aquecida, e os preços estão melhores do que no ano passado, o que ajuda a elevar a rentabilidade. Esse avanço não se limita ao campo, o aumento da receita agrícola tem impacto direto nos municípios produtores, fortalecendo o setor primário e impulsionando atividades complementares, como logística, comércio e serviços, o que gera efeitos multiplicadores sobre o PIB estadual e amplia a base econômica regional”.

No Brasil, o VBP total em agosto de 2025 chegou a R$ 1,4 trilhão, com alta de 17% em relação ao ano anterior. Assim como em Mato Grosso do Sul, soja e milho foram os principais responsáveis pelo bom resultado no cenário nacional.

O VBP é um indicador econômico que mede o quanto a produção agropecuária movimenta em dinheiro. Ele é calculado multiplicando a quantidade produzida de cada cultura pelo preço médio recebido pelos produtores. Em outras palavras, mostra o valor que a safra gera diretamente para a economia, antes de descontar custos como transporte e insumos.

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