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04 de Setembro de 2025

agronegócio

Soja inicia setembro com preços estáveis no Mato Grosso do Sul e novas pressões logísticas

O mês de setembro começou com poucas movimentações no mercado da soja em diferentes estados do país. Em Mato Grosso do Sul, os preços se mantêm firmes: Dourados (R$ 123,30), Campo Grande (R$ 124,88), Maracaju (R$ 123,42), Chapadão do Sul (R$ 124,00) e Sidrolândia (R$ 123,91). No Mato Grosso, a dificuldade continua sendo a armazenagem, com cotações variando de R$ 118,00 em Nova Mutum a R$ 127,80 em Rondonópolis.

No Rio Grande do Sul, os negócios seguem parados, segundo dados da TF Agroeconômica. Nos portos, as indicações de preços para entrega entre agosto e setembro ficaram em R$ 140,00 por saca, enquanto no interior houve desvalorização. Em Cruz Alta, o preço caiu para R$ 135,20 (-0,59%), em Passo Fundo e Santa Rosa/São Luiz para R$ 134,00 (-1,47%) e em Panambi a saca foi negociada a R$ 123,00.

Em Santa Catarina, os preços se mantêm estáveis, mas o déficit de armazenagem preocupa. A safra 2024/25 foi recorde, ultrapassando a capacidade de estocagem em mais de 800 mil toneladas, o que levou produtores a recorrerem a silos-bolsa. O estado tem substituído parte da área de milho pela soja, devido à maior resiliência da oleaginosa a estiagens curtas e ao menor custo de produção. No porto de São Francisco, a cotação é de R$ 142,84 por saca.

Já no Paraná, o destaque é o fim do vazio sanitário na Região 2, que libera o início do plantio a partir de setembro. Nos preços, Paranaguá registrou R$ 142,88 por saca, Cascavel R$ 127,76, Maringá R$ 134,50, Ponta Grossa R$ 135,50 FOB (no balcão, R$ 118,00) e Pato Branco R$ 139,65.

Chicago

O mercado internacional retomou operações após o feriado nos Estados Unidos em queda. Na manhã desta terça-feira (2), os contratos de novembro recuavam para US$ 10,46 e os de janeiro para US$ 10,64 por bushel, com perdas entre 6,75 e 8 pontos na Bolsa de Chicago.

A ausência de novos fatores de alta se deve à conclusão da colheita da safra norte-americana e à falta de compras significativas por parte da China. Apesar de avanços no comércio, as relações políticas e diplomáticas entre Washington e Pequim seguem fragilizadas, o que limita a demanda.

Além disso, traders já voltam suas atenções para o início do plantio no Brasil, que avança em ritmo inicial e com condições climáticas favoráveis. Caso a semeadura ocorra de forma antecipada em relação ao ano passado, o movimento pode pressionar ainda mais os preços internacionais.

Logística Global

Outro fator de atenção no mercado é a possível entrada em vigor de novas regras do Departamento de Comércio dos EUA, que devem impactar o transporte marítimo internacional. Segundo análise da Grão Direto, navios de fabricação, propriedade ou financiamento chinês poderão pagar taxas adicionais para atracar em portos americanos, encarecendo os fretes e reduzindo a competitividade dessas embarcações em relação a outras origens.

Embora a medida ainda não seja lei, o setor já se prepara para os possíveis impactos, especialmente sobre as exportações de grãos e a participação da China no mercado norte-americano.

Perspectivas para a Safra

Nos EUA, os dados de emprego de agosto, em especial o payroll, devem influenciar as próximas decisões do Federal Reserve (Fed). Já no Brasil, o mercado acompanha indicadores como o PIB do segundo trimestre e a produção industrial, que refletem os efeitos dos juros elevados sobre a economia.

Quanto ao clima, especialistas apontam que, para a safra 2025/26, setembro deve registrar chuvas irregulares nas áreas centrais, mas com aumento de consistência na segunda quinzena. Em outubro, o regime úmido tende a se consolidar, favorecendo o plantio da soja em ritmo normal. O principal risco segue sendo a má distribuição das precipitações e tempestades localizadas.

Segundo levantamento da Grão Direto, a expectativa é de uma semana de baixa volatilidade no mercado, com os prêmios sustentando os preços da soja no Brasil, mesmo diante das pressões externas.

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