Política
Valdemar tira comando do PL estadual de Pollon e passa para Tenente Portela
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, comunicou, ontem (4), direto de Brasília (DF), a destituição do deputado federal Marcos Pollon, da presidência do partido em Mato Grosso do Sul e a nomeação do suplente de senador Tenente Portela para o cargo. O deputado federal Rodolfo Nogueira chegou a ser cotado para assumir o comando do partido no Estado, mas declinou do convite, pois terá que se concentrar na campanha da sua esposa, Gianni Nogueira, à Prefeitura de Dourados.
Rodolfo já foi presidente do partido antes de Pollon e foi trocado por determinação do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. “Recebi uma ligação do presidente Valdemar, quando mencionou a situação do PL de Mato Grosso do Sul. Respondi que neste momento não posso assumir a presidência estadual, pois tenho um projeto viável em andamento como presidente do PL de Dourados. Estamos trabalhando na pré-candidatura da minha esposa para prefeita”, declarou.
Valdemar Costa Neto anunciou, na tarde de ontem, o presidente do PL em Campo Grande, Tenente Portela, como novo presidente estadual do partido em Mato Grosso do Sul. Ele disse que Portela é amigo de Jair Bolsonaro, quem fez a escolha, a qual avaliou ser a mais correta.
Valdemar explicou ainda que tem aliança e convivência muito boa com Tereza Cristina (PP), mas também falou em aproximação com o governador Eduardo Riedel e com o ex-governador Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB, dizendo que eles comandam o Estado e têm a
maioria dos prefeitos.
“Esse pessoal, depois das eleições, vamos caminhar juntos. Tereza PP, PSDB, e PL. Vamos formar uma frente lá, imbatível. Quero dizer que fiquei muito contente com essa solução, porque nossos parceiros aceitaram esse novo comando para Mato Grosso do Sul”, declarou.
Portela afirmou que vai trabalhar com a política, em parceria com Tereza Cristina, de quem é suplente, prometendo fazer o maior número de vereadores possível.
Punição
Essa mudança de comando na direção estadual do PL é consequência da aliança do partido com o PSDB na Capital e em mais 36 municípios do Estado confirmada, tanto pelo presidente nacional do partido Valdemar Costa Neto, quanto pelo ex-presidente Bolsonaro. Pollon chegou a gravar vídeo justificando e lançou pré-candidatura, alegando que agora a legenda tinha um pré-candidato.
O vídeo desagradou a cúpula do PL, que não só manteve o trato com PSDB, como também decidiu tirá-lo da presidência. Por sua vez, Pollon disse que recebeu “a informação do Valdemar Costa Neto que não estaria mais à frente da gestão do partido”. “Agradeço a todos que ombrearam comigo nesta trajetória e dos que precisarem de mim, e do meu mandato de deputado federal, comunico que sigo à disposição”, declarou.
Pollon disse ainda que deverá ainda seguir filiado ao PL, partido pelo qual se elegeu em 2022 com 103 mil votos da população. Ele também fez um balanço do ciclo na presidência da Executiva estadual como positivo, com a implementação de 79 diretórios municipais, fornecendo ao PL, a condição de terceira sigla a chegar à capilaridade total de cidades com representantes em Mato Grosso do Sul.
“Pela primeira vez também, em todas as unidades com dirigentes ativos, esteve em funcionamento o segmento voltado a participação feminina na política. Onde montamos o diretório teve também o PL Mulher, que deve refletir nas eleições de 2024 no recorde de candidaturas de mulheres a prefeitas ou vereadores. São mais de 300 filiadas nossas que já sinalizam na pré-campanha o interesse de disputar cargos, promovendo uma renovação única para ser avaliada pela população”, pontuou.