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Verruck defende que pecuária do Estado pode ser a atividade econômica em destaque na COP30 em Belém

A pecuária sul-mato-grossense será apresentada na COP30 – a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – como exemplo de transição eficiente rumo a uma economia sustentável. Essa abordagem foi defendida pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante o Fórum LIDE COP30, que aconteceu nessa sexta-feira (30) em Bonito (MS). O evento serviu para antecipar e aprofundar temas a serem discutidos durante a COP30 que acontecerá em novembro, em Belém (PA).
O secretário foi mais além ao apontar outra atividade vista comumente como de alto potencial de poluição como um dos carros-chefes que o Estado tem para apresentar na Conferência de Belém. “Quando a gente pensa no Mato Grosso do Sul, qual é o destaque que a gente pode falar na COP? Eu colocaria a pecuária. Por quê? Porque a pecuária no mundo inteiro é avaliada sobre o ponto de vista de geração de metano. Nós temos uma pecuária de baixo carbono. Através da integração lavoura-pecuária-floresta, conseguimos certificar a nossa pecuária como uma atividade de baixa emissão de carbono”, disse Verruck.
O Fórum LIDE COP30 foi promovido pelo Governo do Estado, pela Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) e pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), no Hotel Zagaia de Bonito e trouxe a Mato Grosso do Sul nomes importantes da política e do setor empresarial nacionais.
Participaram os governadores Eduardo Riedel (MS), o governador do Pará, Helder Barbalho, que sediará em novembro a COP30; o ex-presidente Michel Temer, o ex-governador de São Paulo, João Doria; e os ex-ministros Henrique Meirelles (Fazenda e Banco Central), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente).
Jaime Verruck integrou o terceiro painel do evento, realizado entre 15h e 16h30, com o tema “A contribuição da agroindústria para a sustentabilidade”. No seu entender, a pecuária sul-mato-grossense fez uma revolução silenciosa nos últimos anos e transitou de forma eficiente de um cenário de alto impacto ambiental para uma atividade sustentável. Nós retiramos da pecuária 5 milhões de hectares, mantivemos o rebanho e aumentamos o número de abates. Nós reduzimos o tempo médio dos animais a 17 meses. Então, acho que nós levaremos um destaque para ser percebido, que é a pecuária de corte. É a conservação da biodiversidade”, afirmou.
Esse painel reuniu outros especialistas como Francisco Matturro (ex-secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo), Renata Andrade (presidente da Rede de Governança Climática de Sustentabilidade), Rodrigo Simonato (Head de Relações Institucionais da TEREOS), o cantor e produtor rural Almir Sater e Maria Lisbôa (diretora de relações corporativas da Suzano).
Pela manhã aconteceram outros dois painéis: “Desenvolvimento econômico e Sustentabilidade: um equilíbrio sustentável” que abordou caminhos para alinhar crescimento econômico à preservação ambiental; e “Oportunidades, Negócios e a Economia Sustentável”, enfocando as novas fronteiras do empreendedorismo verde e modelos de negócio voltados à responsabilidade socioambiental.