Política
VÍDEO ENTREVISTA COMPLETA: Riedel mostra, no Roda Viva, um Estado que avança para ser um dos líderes econômicos do país
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Pela primeira vez na história do Programa Roda Viva, o mais antigo do gênero da televisão brasileira, no ar continuamente desde 29 de setembro de 1986 produzido e transmitido pela TV Cultura, um governador de Mato Grosso do Sul foi o entrevistado.
Na noite desta segunda-feira (17), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, falou sobre diversos desafios enfrentados pelo Estado, além de comentar sobre a crise interna no PSDB, os rumos da política nacional, a transição energética, os acontecimentos do 8 de janeiro, o relacionamento com o ex-presidente Bolsonaro, a Rota Bioceânica, a preservação ambiental, o feminicídio de foi vítima a jornalista Vanessa Ricarte, avaliação do Governo Lula, o marco temporal, o desenvolvimento industrial do Estado e a diversificação da matriz econômica de Mato Grosso do Sul, além da questão da segurança na faixa de fronteira e o combate ao narcotráfico no território sul-mato-grossense.
Riedel afirmou que, apesar dos desafios enfrentados pelo PSDB, a sigla segue com uma importante agenda política. “A crise no PSDB, claro, não se encerra aqui, mas estamos nos reestruturando e buscando encontrar novos caminhos”, destacou. Para ele, o partido precisa se reinventar e se adaptar às novas demandas do cenário político, sem deixar de lado seus valores tradicionais.
Em vários momentos, o Governador falou sobre buscar uma via fora da polarização, que afasta a atenção dos assuntos do dia a dia, mencionou. Questionado diretamente se era bolsonarista, reconheceu divergências com o PT, sugeriu que por vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “dá sinais trocados” que prejudicam a economia, mas evitou tomar posição em relação ao ex-presidente.
Além disso, Riedel citou que há vários nomes como opções na disputa eleitoral, apontando os governadores Ratinho Júnior (PR), Tarcísio de Freitas (SP), Eduardo Leite (RS) e Ronaldo Caiado (GO). A estratégia de evitar cravar um nome chegou a levar a apresentadora Vera Magalhães a brincar que se tratava de um tucano autêntico.
O governador ainda elogiou vários nomes, a ministra Simone Tebet, que disse ainda não ter manifestado qual seu interesse eleitoral para o ano que vem, a senadora Tereza Cristina e Marina Silva, mencionando afinidade em alguns temas ambientais, mas que divergem sobre a exploração de petróleo no Amapá, que ele considera um ativo importante para a economia do Brasil mesmo caminhando para avançar em fontes renováveis de energia.
Riedel disse aos jornalistas que tem em seu governo apoio de diferentes legendas, do PT ao PL e que persegue uma “agenda da vida real”.
Ele também evitou ser taxativo sobre o futuro do PSDB, dizendo que há visões antagônicas dentro da legenda, com vários partidos sendo sondados para eventual fusão. Disse que não podia manifestar predileção para não prejudicar os debates. Para Riedel, o PSDB perdeu protagonismo diante do tom de polarização que se estabeleceu no País.
Assista no vídeo abaixo a íntegra da entrevista do Governador no Roda Viva.