Para apresentar como fundadores de startups, pesquisadores, estudantes universitários, membros de Ecossistemas de Inovação e empresários podem captar investimentos para projetos inovadores, o Sebrae/MS realizou, nesta terça-feira (8), o “Workshop de Captação de Recursos para Startups”, nas cidades de Campo Grande e Maracaju. A inciativa faz parte da trilha de inovação da 2ª edição do “Desafio Pantanal Tech” – edital lançado em junho deste ano para apoiar o desenvolvimento de soluções nas áreas de bioeconomia, biodiversidade, turismo e agronegócio.
Fruto da parceria entre Sebrae/MS, Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), o “Desafio Pantanal Tech 2025” busca incentivar projetos com potencial de se transformarem em modelos de negócios viáveis, capazes de promover o desenvolvimento socioeconômico da região.
Segundo a analista-técnica do Sebrae/MS, Penélope Herradon, durante o workshop foram apresentadas ferramentas práticas para que projetos inovadores se consolidem. “Sabemos que sem suporte, há muitas iniciativas que não saem do papel. Com esse workshop e com o edital, o Sebrae contribui para que as pessoas consigam concretizar os projetos e transformá-los em negócios, com potencial escalável e público-alvo definido. Então, ensinamos os participantes a como apresentarem as iniciativas para investidores, por meio de pitchs, por exemplo, além de ajudá-los a utilizar a ferramenta Canvas que possibilita a estruturação melhor dos projetos, seja para este ou outros editais”, afirmou.

Em Maracaju, o workshop atraiu aproximadamente 30 pessoas e foi realizado no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), com apoio da instituição e do Ecossistema de Inovação de Maracaju Plantar. Para a pesquisadora e empreendedora Iara de Oliveira Rodrigues, do Instituto IR – Gente e Gestão, iniciativas como essa fortalecem o movimento de inovação. “A oficina oportunizou o acesso à informação e mostrou que é possível captar recursos para desenvolver negócios que antes estavam ainda na fase de ideação e que, agora, podem ser vistos com mais clareza. Isso, para mim, foi um dos principais aprendizados”, expôs.
Já em Campo Grande, o workshop foi realizado na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Para os participantes, como o engenheiro civil e empresário Natan Barros, que possui projeto na Incubadora S-INova da UCDB, a experiência foi importante. Ele pontua se sentiu motivado a buscar novas oportunidades. “Fiquei muito feliz em participar. Esses fomentos parecem distantes da nossa realidade, como se estivessem restritos a grandes centros como São Paulo. Mas quando chegam até a universidade, com uma oficina de alto nível e até apoio técnico, tudo se torna mais acessível. Isso nos dá força para impulsionar nossos negócios e fazer acontecer”, destacou.
Robert Luiz Romão Paredes foi outro participante do workshop que aprovou a iniciativa. Proprietário da empresa Solar Tech, também incubada na UCDB, ele descreve o quanto os ensinamentos trazidos contribuíram para que ele apresentasse melhor o projeto que desenvolve. “Meu maior aprendizado foi a forma de apresentar o pitch e a clareza na explicação sobre o Canvas. Foi tudo maravilhoso, nota 10”, concluiu.
Na data, o consultor do Sebrae/MS, Raphael Jara, foi quem passou as orientações ao público, de modo que cada participante pudesse visualizar o projeto aplicado à ferramenta Canvas. “Trabalhamos ajudando cada participante a entender como estruturar seu modelo de negócio de forma estratégica. Isso deixou todo mundo muito mais confiante para submeter suas propostas e aproveitar essa oportunidade. Também ajudando na apresentação do pitch e ressaltamos detalhes que por vezes são esquecidos na hora de submeter a proposta”, explicou.

Desafio Pantanal Tech 2025
Com o objetivo de fomentar projetos inovadores voltados à superação de desafios enfrentados por Mato Grosso do Sul, o foco 2ª edição do Desafio de Inovação Pantanal Tech são projetos em estágio inicial de desenvolvimento tecnológico, classificados no nível 2 do Technology Readiness Level (TRL) – fase de modelagem conceitual em que as ideias começam a ser testadas para aplicação prática. Cada proposta deve ser executada por uma equipe de duas a três pessoas, sendo obrigatório que, pelo menos um integrante, tenha vínculo como pesquisador de uma instituição de ensino do Estado. As três melhores propostas selecionadas receberão bolsas no valor de R$ 6,5 mil mensais, por um período de 12 meses, para o desenvolvimento da pesquisa.
Os projetos devem, obrigatoriamente, estar alinhadas a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. Exemplos incluem: conservação e gestão sustentável de recursos naturais; monitoramento e recuperação de áreas degradadas; prevenção e controle de incêndios; produção sustentável; e inovação verde.