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04 de Julho de 2025

Política

Senado vota na quarta PL do novo Código de Licenciamento Ambiental

O Senado incluiu na pauta de quarta-feira (21) o projeto de lei 2159/2021, que estabelece o novo Código de Licenciamento Ambiental. O texto estabelece regras comuns para a concessão de licenças a empreendimentos e atividades com impacto sobre o meio ambiente, buscando uniformizar procedimentos adotados hoje por diferentes entes da federação.

A proposta tem como objetivo simplificar o processo de licenciamento, considerado por setores produtivos como lento, complexo e fragmentado. Entre as principais mudanças estão novas modalidades de licença, como a licença por adesão e compromisso e a licença ambiental única, e a definição de prazos, critérios e responsabilidades dos órgãos licenciadores. Também são previstas isenções de licenciamento para determinadas atividades consideradas de baixo impacto.

O projeto é um antigo motivo de controvérsia entre parlamentares favoráveis à desburocratização e defensores de maior controle ambiental.

Segundo o texto, as novas regras deverão ser seguidas por todos os órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente, incluindo autarquias estaduais e municipais, o que busca reduzir disputas jurídicas e divergências normativas.

Pontos de atrito

Apesar da proposta de unificação e racionalização, o projeto é um antigo motivo de controvérsias, recebendo oposição de parlamentares ambientalistas. Um dos pontos sensíveis é a dispensa de licenciamento para atividades agropecuárias, como o cultivo de lavouras e a pecuária de pequeno porte, desde que em propriedades regularizadas.

Outro tema que gera debate é a isenção automática para empreendimentos militares, além da possibilidade de licenciamento simplificado para obras de manutenção e ampliação em infraestruturas já existentes, como estradas, linhas de transmissão e ferrovias.

Na área da mineração, o projeto estabelece que empreendimentos de grande porte e alto risco sigam o rito do novo marco, revertendo entendimento anterior que os deixava sob regras específicas do Conselho Nacional do Meio Ambiente. A mudança é vista por alguns como avanço regulatório, enquanto outros temem que a generalização possa reduzir exigências técnicas.

Também há previsão de mudança na legislação penal: o texto aumenta as penas para quem iniciar atividades sem licença ambiental válida. Por outro lado, permite renovações automáticas para empreendimentos de pequeno e médio porte, o que suscita discussões sobre o grau de controle do Estado sobre essas operações.

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