agronegócio
Alerta metereológico para esta semana indica que geadas podem afetar lavouras de milho na fronteira

Um alerta meteorológco, emitido pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS), indica a previsão de chegada de uma massa de ar polar, entre os dias 27 de maio e 5 de junho. Essa frente fria poderá provocar quedas acentuadas das temperaturas em Mato Grosso do Sul, com mínimas entre 5 °C e 9 °C.
O início desse período poderá ser acompanhado por chuvas e tempestades com raios, especialmente entre os dias 27 e 28 de maio, com possibilidade de acumulados acima de 40 mm, em 24 horas. Também há risco de geada, que tende a ocorrer de forma localizada em municípios próximos à fronteira, especialmente em áreas com declive acentuado e solo mais úmido.
Para avaliar os possíveis efeitos da geada sobre o desenvolvimento do milho, a equipe da Aprosoja/MS elaborou uma análise detalhada com base na evolução do plantio e nos intervalos médios de dias de cada fase fenológica.
“Com base na análise fenológica e nas condições climáticas previstas, observa-se que uma parcela significativa das lavouras de milho no Mato Grosso do Sul estará em estágios críticos de desenvolvimento durante o período de risco de geada. Estágios como VT, R1, R2 e R3, que juntos representam mais de 60% da área cultivada, são altamente sensíveis a baixas temperaturas. A ocorrência de geadas, mesmo que leves e localizadas, pode comprometer a polinização, enchimento de grãos, causar abortamento e, consequentemente, reduzir o potencial produtivo de forma significativa. Esse cenário é especialmente preocupante nas regiões centro-sul e sul-fronteira, onde o déficit hídrico já vinha limitando o desenvolvimento das plantas”.
A expectativa é de que esses eventos não causem impactos severos à cultura do milho, mesmo assim, o alerta climático emitido pelo Cemtec/MS deve acender o alerta dos agricultores de Mato Grosso do Sul. “ É fundamental que os produtores estejam atentos às previsões meteorológicas e adotem estratégias de mitigação de riscos, como o monitoramento constante das lavouras e, quando possível, o escalonamento do plantio em safras futuras para evitar a coincidência de fases sensíveis com períodos de maior risco climático. A análise integrada entre o estágio fenológico e os eventos climáticos extremos reforça a importância do planejamento agrícola baseado em dados, permitindo decisões mais assertivas e redução de perdas. A continuidade do monitoramento será essencial para avaliar os impactos reais da geada e ajustar as estimativas”.