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Aos 73 anos, morre em São Paulo o publicitário Washington Olivetto
Um dos mais importantes e renomados publicitários brasileiros, Washington Olivetto, faleceu na tarde deste domingo (13) aos 73 anos, no Rio de Janeiro. O profissional de comunicação ficou conhecido por ganhar diversos prêmios por projetos de publicidade.
Olivetto estava há quase cinco meses internado no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, devido a complicações pulmonares e faleceu em decorrência de falência múltipla de órgãos. A morte do publicitário foi confirmada às 17h15.
Ele deixa três filhos: Homero e o gêmeos Antônia e Theo.
Olivetto nasceu em São Paulo, em 1951. Apesar de ter feito faculdade de publicidade na FAAP, não concluiu o curso. Iniciou sua carreira profissional em 1969, aos 18 anos.
Em 1974, já na agência DPZ, ganhou o primeiro prêmio Leão de Ouro brasileiro no Festival de Publicidade de Cannes, com o comercial ‘Homem com mais de quarenta anos’.
Foi na DPZ, também, que Washington fez dupla com o diretor de arte Francesc Petit. Lá, criaram o icônico garoto-propaganda da Bombril, que acabou nas páginas do Guiness Book como o garoto-propaganda de maior tempo de permanência no ar.
Depois de deixar a DPZ, se associou à agência de publicidade suíça GGK. Em 1986, ao lado dos sócios Gabriel Zellmeister e Javier Llussá Ciuret, passaram a ter o controle total da empresa, que mudou de nome e virou W/Brasil, uma das agências de publicidade mais conhecidas do mundo.
Na W/Brasil, Olivetto foi responsável pela criação de vários comerciais icônicos, entre eles os filmes para a fabricante de sapatos Vulcabras, o cachorro da Cofap e o casal Unibanco, entre outros.
Washington era corintiano e um dos criadores, em 1981, do movimento que ficou conhecido como Democracia Corinthiana, quando era vice-presidente do clube.
Em 2013, a escola de samba Gaviões da Fiel o homenageou em seu desfile de Carnaval, cujo tema foi a história da publicidade brasileira.
Nos últimos anos, se dedicou a uma série de entrevistas: o W/Cast, que teve 3 temporadas, um podcast com histórias sobre a publicidade brasileira. Era colunista do jornal O Globo e da rádio CBN.
Em dezembro de 2001, Olivetto foi sequestrado por criminosos chilenos e argentinos. Ele foi levado para uma casa no Brooklin e ficou 53 dias em cativeiro.
Os sequestradores pediram um resgate de R$ 10 milhões, que nunca foi pago. O caso foi solucionado pela polícia, que prendeu seis sequestradores. O mentor do crime foi o chileno Norambuena, ex-guerrilheiro que havia fugido de uma prisão na capital do país, Santiago.