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12 de Outubro de 2024

agronegócio

Bioeconomia inclusiva é destaque em apresentação da Embrapa na OCDE

Uma reunião, promovida pela OCDE no dia 2 de julho, em Açores, Portugal,  discutiu as estratégias  para inovação e produtividade nas cadeias de valor da bioeconomia na região Amazônica: atores, ferramentas e parcerias para agregação de valor, considerando a inclusão e a sustentabilidade foram discutidas.  A diretora de Negócios, Ana Euler, defendeu a importância de políticas integradas e a necessidade de se considerar a existência de grupos plurais para a promoção da redução das desigualdades, no âmbito da bioeconomia inclusiva no bioma amazônico.

Ana Euler participou virtualmente das discussões sobre o tema junto com diretores do BNDES e do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais e representantes do Ministério de Comércio Exterior do Peru, da Fundação da Ciência e Tecnologia de Açores e da Diretoria de Ciência, Tecnologia e Inovação da OCDE.

Os debates integraram o evento “Peer Learning Group Meeting (PLG)” – Bioeconomia para o Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica, projeto desenvolvido com o suporte do governo brasileiro que tem entre outros objetivos,  contribuir para reflexões sobre o tema no âmbito do G20.

Na Amazônia, a Embrapa possui mais de 100 soluções tecnológicas disponíveis para as cadeias da mandioca, açaí, espécies florestais, cupuaçu, castanha da Amazônia, tambaqui, pirarucu, óleos essenciais, carne, café, guaraná, camu-camu, camarão, abacaxi e pupunha, entre outras. São 63 coleções de material genético para uso e conservação, localizadas nas 8 unidades da região Norte.

Esse conjunto de soluções tecnológicas e a conservação de material genético contribuem para a ampliação da bioeconomia inclusiva na região. Entre os exemplos estão o processo de avaliação de compostos do açaí, a produção da farinha de pupunha, a obtenção de alimentos plant-based como o queijo e o hambúrguer de babaçu, o cupulate em pó e em tabletes com características nutritivas e organoléticas semelhantes ao do cholocate, a parceria da Embrapa com a Amazônika Mundi para a produção da carne de fibras de caju, entre eles o Amazônica Burger, a parceria com a Três Corações para a produção do Café Tribos, o vinho de açaí, entre outros produtos.

Destacam-se ainda , as cultivares desenvolvidas pela Embrapa para o bioma, como a BRS Açaí Pai d´Égua, a BRS de guaraná Noçoquem, a BRS Cupuaçu Carimbó, entre outras,  que contribuem para o desenvolvimento das cadeias de produção e valorização dos produtos amazônicos.

“A Embrapa desenvolve um conjunto de variedades melhoradas próprias para a produção na Amazônia que contribuem para o crescimento da bioeconomia local, pois são cultivares de elevada produtividade, com tolerância a doenças e boa qualidade de mercado”, destacou a diretora, que também é pesquisadora e durante mais de 15 anos atuou no manejo florestal na Amazônia.

São desafios para os países no âmbito da bioeconomia: reduzir a fome e a insegurança alimentar, produzir soluções tecnológicas que contribuam para a redução dos impactos das mudanças climáticas, desenvolver ciência e tecnologia adaptadas às capacidades e necessidades locais, prospectar, promover e garantir o uso da biodiversidade de forma sustentável, treinar multiplicadores, construir coletivamente os conhecimentos, garantindo a participação da multiplicidade de atores, agregar valor aos produtos locais, desenvolver os processos de certificação de origem dos diferentes produtos , cooperar para a promoção do emprego e renda para os diferentes grupos sociais, considerando o biomas e as especificidades dos territórios.

“É preciso, ainda, considerar modelos de bioeconomia que promovam a equidade de gênero, levando-se em conta os movimentos sociais nos quais as mulheres desempenham papeis sociais relevantes”, afirmou Ana Euler, lembrando que é uma recomendação global a incorporação de gênero em programas de C&T.

Mulheres na bioeconomia

A partir dos anos 2000, a Embrapa lança publicações que apresentam experiências com grupos de mulheres na bioeconomia: o livro ‘Mangabeira, mulheres catadoras e extrativismo’ , publicado em 2011, destaca o papel das mulheres na construção de saberes e práticas para o manejo e preservação das mangabeiras remanescentes, nativas do Brasil.

O livro ‘Mulheres no café no Brasil’, publicado em 2018, dimensiona o importante papel das mulheres no setor cafeeiro, com ênfase nas mulheres rurais. O Observatório das Mulheres Rurais no Brasil, criado em 2022, faz parte do Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa – Agropensa.

Visa dar suporte ao desenvolvimento de estratégias, projetos e programas e à criação ou aprimoramento de políticas públicas em benefício das mulheres que atuam em atividades agrícolas, florestais e/ou aquícolas. Mais recentemente, a Embrapa publicou a Coleção ‘Mulheres Rurais do Brasil’ em 2023, com cinco cartilhas.

Elas tratam sobre mulheres na pecuária, na cadeia produtiva do café, na produção de algodão orgânico, na extração do óleo de semente de pracaxi e na extração do óleo de macaúba. A expectativa é que a coleção seja ampliada, com novas cartilhas abrangendo a realidade das mulheres em outras cadeias produtivas e em outras realidades rurais, dando visibilidade às oportunidades e desafios enfrentados por essas mulheres. foto: catadora de mangaba, árvore símbolo do estado de Sergipe.

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