Cotidiano
Censo da população de rua de Mato Grosso do Sul vai nortear políticas públicas

O Governo de Mato Grosso do Sul somou esforços com a Defensoria Pública Estadual e a Prefeitura de Campo Grande e deu início, nesta semana, ao primeiro censo da população de rua do Estado. Também participam do levantamento a Segem/Segov (Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), Patrícia Cozzolino, explica que a iniciativa vem no sentido de dar dignidade a essa população.
“Essa decisão foi tomada aqui no gabinete por mim e pelo secretário Anderson Warpechowski (adjunto) buscando contabilizar as pessoas em situação de rua no Município de Campo Grande para que este número e as condições nas quais elas se encontrem sejam subsídio para as políticas públicas de Estado que ainda vão surgir e também para adequação dos programas sociais e benefícios que existem à disposição das pessoas sul-mato-grossenses”, informa.
Na primeira etapa do censo, funcionários da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) e do programa Mais Social, da Sead, foram a campo fazer a contagem das pessoas.
A coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), defensora pública Thaisa Raquel Medeiros de Albuquerque Defante, conta que o trabalho começou no ano passado.
“A Defensoria Pública de MS mobiliza a realização do 1º Censo da População em Situação de Rua desde 2024 e, por isso, essa primeira etapa da contagem é uma importante conquista para a Defensoria, para essas pessoas, que por diversos motivos estão nessas condições, e para todo o município de Campo Grande. Esse trabalho em grupo permitirá o alinhamento e a construção de políticas públicas mais efetivas. A intenção é evitar que pessoas cheguem às ruas; criar condições para que aquelas que já estão, consigam sair; e, principalmente, assegurar dignidade a quem permanecer”, afirma.
Já a secretária de Assistência Social e Cidadania do município, Camilla Nascimento, reforça a importância do levantamento.
“O crescimento dessa população nos últimos anos é notável, mas até então não havia dados concretos voltados exclusivamente para a população em situação de rua porque nunca houve um censo para mostrar realmente o tamanho e o perfil dessa população em Campo Grande. Por isso, realizar essa contagem e a caracterização do perfil dessas pessoas é fundamental para que nossas ações sejam eficazes e possam orientar futuras políticas, levando qualidade de vida a essa população, já que nenhuma gestão consegue fazer política pública sem estudo, por isso a importância de um diagnóstico inicial. A partir do Censo, teremos um ponto de partida sólido para a construção de políticas sociais mais direcionadas e integradas com os atores que atuam na Assistência Social”, avalia.