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05 de Novembro de 2025

Cotidiano

Enfrentamento ao cibercrime é tema central de Summit de Investigação no Bioparque Pantanal

Campo Grande sedia até o final de semana o Summit de Investigação Criminal Tecnológica que foi aberto nesta terça-feira (4) no Bioparque Pantanal, em Campo Grande. O evento reúne representantes das Polícias Judiciárias, do Ministério Público e do Poder Judiciário, além de especialistas de empresas como Google Brasil, Microsoft, TikTok, Uber e Kodex Global.

Promovido pela Polícia Civil do Estado, o Summit inaugura um novo capítulo no enfrentamento ao crime cibernético, que cresce de forma silenciosa, sofisticada e transnacional. E marca a abertura de um espaço institucional de escuta qualificada e construção de soluções para um dos maiores desafios da segurança pública contemporânea: a prova digital.

O vice-governador do Estado, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, representando o governador Eduardo Riedel, destacou a importância da integração entre os entes de justiça e segurança pública, ressaltando que o enfrentamento ao crime na era digital exige conhecimento técnico, inovação e planejamento.

“A criminalidade tem usado a tecnologia como aliada. O Estado precisa se especializar para usar esses mesmos instrumentos em benefício da sociedade. E isso só será possível com formação continuada, escuta ativa de especialistas e estratégia. Iniciativas como este Summit nos mostram que estamos no caminho certo, usando o conhecimento como ferramenta para proteger o cidadão”, afirmou Barbosinha.

O evento tem como tema central os desafios da cadeia de custódia da prova digital, um dos pilares para garantir a integridade dos processos criminais frente aos delitos cibernéticos e aos crimes convencionais que migraram para o ambiente virtual.

Investimentos 

Ao longo dos últimos dois anos, o Governo do Estado reforçou a política de segurança pública com ações concretas que ampliam a estrutura física, tecnológica e operacional das instituições de justiça. Os números falam por si: foram entregues mais de 60 viaturas caracterizadas e não caracterizadas, além de armas longas e equipamentos táticos de última geração.

O destaque fica para os mais de R$ 48 milhões investidos diretamente na Polícia Civil, com a reestruturação de delegacias, aquisição de tecnologias de investigação digital, softwares de análise e sistemas de monitoramento.

O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Dr. Lupérsio Degerone, pontuou que a criminalidade contemporânea já atua em um “crime 4.0”, marcado pela transnacionalidade, anonimato e uso avançado da tecnologia. “Hoje o criminoso não precisa sair de casa para cometer delitos como estelionato, tráfico ou lavagem de dinheiro. Ele opera com arquivos criptografados, metadados e conexões em rede. Nossa resposta estatal precisa ser tão sofisticada quanto o crime que enfrentamos”, pontuou Lupérsio.

Para a delegada Anne Karine Trevisan, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e idealizadora do evento, o summit promove um marco de escuta qualificada, colaboração institucional e alinhamento técnico. “A investigação criminal tecnológica não é mais uma escolha, mas uma exigência ética e legal para desmantelar redes criminosas que exploram inúmeras vítimas. Precisamos de diálogo e cooperação para compreender as limitações operacionais, aprimorar a coleta de provas digitais e transformar conhecimento em ação”, defendeu.

Inteligência, integração e cidadania como pilares

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, reforçou que o sucesso do evento está no engajamento dos diversos poderes e instituições, destacando que o crime digital exige não só tecnologia, mas inteligência e estratégia.

“O enfrentamento a essa realidade exige investimento, mas também integração entre as instituições e o compromisso com a capacitação contínua. Esse debate vai além das funções policiais; ele nos interpela como cidadãos e como pais. Precisamos de respostas à altura da gravidade desses crimes”, afirmou Videira.

O evento segue até o fim da semana com painéis temáticos, oficinas práticas, palestras técnicas e troca de experiências entre as forças de segurança, com foco em temas como segurança digital, preservação de dados, proteção de menores, rastreabilidade digital e cooperação internacional.

“Eventos como este representam a construção de uma cultura investigativa baseada em ciência, em integração e em responsabilidade com o cidadão. O Governo do Estado tem feito a sua parte, investindo, estruturando e, acima de tudo, escutando quem está na linha de frente. A nossa missão é garantir que a tecnologia não seja um obstáculo, mas um instrumento poderoso a favor da Justiça e da proteção da sociedade sul-mato-grossense”, finalizou o vice-governador Barbosinha.

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